quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Valério pede proteção e delação premiada


Publicitário encaminhou pedido para o STF no qual afirma que sua vida corre perigo. Documento é mantido em sigilo e não foi anexado ao processo do mensalão.
O empresário Marcos Valério, operador do mensalão, encaminhou em setembro para o Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de proteção, pois sua vida estaria correndo perigo, e ofereceu em troca delação premiada. O documento é mantido em sigilo e não foi anexado ao processo do mensalão, que já está em julgamento.
Um processo em separado foi aberto, mas é mantido em segredo por causa do risco relatado por Marcos Valério de ser assassinado. A petição será relatada pelo ministro Joaquim Barbosa, pois o processo do mensalão está sob seus cuidados. Mas ele deixará a relatoria desse caso assim que assumir a presidência da Corte.
O fax - revelado pela revista Veja  - foi recebido pelo presidente do tribunal, ministro Carlos Ayres Britto. Ele foi logo encaminhado para o gabinete do ministro Joaquim Barbosa e, em seguida, para o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Seu teor é mantido em reserva. O processo não aparece nem sequer no andamento dos processos em tramitação no Supremo. Segundo integrantes do tribunal, o risco alegado por Valério seria a razão para a cautela. O tribunal não divulga nem o que estaria sob investigação. Conforme integrantes do STF, o documento não interfere no julgamento do mensalão, que já está na reta final. Não haveria, portanto, nenhum elemento novo, nenhuma prova nova que pudesse alterar o resultado do julgamento. O advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, não quis falar sobre o assunto. "Sobre isso assumi o compromisso com diversas pessoas de não declarar nada, não falar nada."  (Agência Estado).

Mais bicicletas de aluguel a partir de hoje

Mais bicicletas em poa
Usina do Gasômetro é a estação mais procurada até agora.
A partir desta quarta-feira, 31, entram em funcionamento cinco novas estações do BikePoa, localizadas no Largo Zumbi dos Palmares (Travessa do Carmo), Ginásio Tesourinha, Shopping Praia de Belas, Escola Parobé e Região dos Tribunais (av. Aureliano de Figueiredo Pinto), além de 50 novas bicicletas públicas de aluguel. Devido a questões técnicas, a área da Redenção, que estava prevista, ficou para a próxima etapa de implantação. (vídeo)
Desde a inauguração, dia 22 de setembro, o sistema BikePoa de bicicletas públicas já tem mais 7.7 mil cadastrados e 7.2 mil viagens realizadas. A estação que tem mais procura por bicicletas, até o momento, é a Usina do Gasômetro. “Até dezembro, teremos mais dez estações e 100 bicicletas, totalizando 20 pontos e 200 bicicletas. Nosso objetivo é modificar a cultura do trânsito, inserindo a bicicleta como meio de transporte, não só de lazer”, afirmou Vanderlei Cappellari, diretor-presidente da EPTC.
Os usuários podem se cadastrar no site do BikePoa (www.movesamba.com/bikepoa), em aplicativos para smartphone (IPhone e Android) ou por celular convencional, via portal de voz, ligando para o fone (51) 4063-7711. O valor do passe mensal é R$ 10 e o diário R$ 5, podendo utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. As viagens devem ser realizadas em até uma hora. Após esse tempo, há um intervalo de 15 minutos para possibilitar outras viagens, com a mesma ou outra bicicleta. O objetivo é dar rotatividade e manter as estações com bicicletas para todos os usuários.
Funcionamento:
Habilitação - Para utilizar o sistema de bicicletas públicas de aluguel, o usuário deve informar o número do cartão de crédito. Há três maneiras de habilitar o passe do BikePoa: via celular convencional por portal de voz (fone 51 4063-7711), celular do tipo smartphone (via aplicativos do IPhone e Android) ou pelo site www.movesamba.com/bikepoa.
Retirada das bicicletas - O usuário poderá retirar as bicicletas das estações de duas maneiras: via celular convencional (portal de voz) ou por smartphones (via aplicativo sistema IPhone e Android).
Locais das Estações do BikePoa:
Existentes - Largo Glênio Peres/ Mercado Público/ Praça da Alfândega/ Casa de Cultura/ Usina do Gasômetro/ Câmara Municipal
Novas - Ginásio Tesourinha/ Praia de Belas Shopping/ Escola Técnica Parobé/ Largo Zumbi dos Palmares/ Região dos Tribunais (av. Aureliano Figueiredo Pinto)
Foto: Ivo Gonçalves/PMPA

Ex-deputado condenado viaja para o Caribe


Mensalão

Romeu Queiroz foi comemorar 40 anos de casamento com a mulher; ele embarcou na mesma semana que a Procuradoria pediu a retenção dos passaportes dos réus.

Condenado por corrupção pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão, o ex-deputado federal Romeu Queiroz(PTB-MG) está de férias em uma praia do Caribe. Queiroz, que vive em Belo Horizonte, embarcou na semana passada, mesmo período em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedia a retenção dos passaportes  dos réus.
Queiroz viajou com a mulher para celebrar quarenta anos de aniversario de casamento, informou a sogra do ex-deputado, Ilda Naves. Queiroz foi condenado por corrupção passiva em 26 de setembro. O ex-deputado federal pelo PTB recebeu 350 000 reais do chamado "valerioduto".
Segundo Ilda, Queiroz ficou "muito abalado" após acompanhar pela TV as primeiras sentenças dos juízes do STF.
"Ele (Queiroz) ficou muito triste, então resolveu sair um pouco, ficar longe de tudo isso", disse a sogra do ex-deputado. E saiu em defesa do genro: "Ele nem pegou naquele dinheiro". Segundo Ilda, a viagem foi um presente dos filhos.
O advogado de Queiroz, Ronaldo Garcia Dias, disse que não sabia da viagem do cliente, mas garantiu que ele estará de volta antes da retomada do cálculo da dosimetria pelo Supremo, o que ocorrerá na semana que vem. "Deve ter sido uma dessas viagens de um fim de semana, dez dias, não vai passar disso. Quando o STF voltar, na semana que vem, eu garanto a você que ele estará aqui." (Agência Estado)

SCHOW PLAUTO CRUZ

É hoje o show para Plauto Cruz
A partir de um movimento iniciado pela página Porto Alegre Personagens, no Facebook, a comunidade artística de Porto Alegre se movimentou para ajudar o consagrado flautista Plauto Cruz. O músico, de 83 anos, está impossibilitado de tocar por motivos de saúde.
Hoje, a partir das 18 horas, mais de 40 nomes consagrados da música popular do RS estarão no Bar do Marinho, na Rua Sarmento Leite, 964, em Porto Alegre, para ajudar na campanha em favor do Plauto.
Entre os talentos e amigos do músico, estarão no palco do Bar do Marinho, Juliano Barreto, Samuca do Acordeom, Graça Garcia, Andréa Cavalheiro, Giovani Berti, Tonho Croco, Tribo Brasil e Flávio Passos.

Vídeo: Não vamos admitir práticas predatórias e desleais no comércio internacional, diz ministro


Quarta-feira, 31 de outubro de 2012 às 17:05

O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse nesta quarta-feira (31), após participar da 14ª Reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), no Palácio do Planalto, que o governo continuará tomando as medidas necessárias para proteger o mercado brasileiro de práticas predatórias.

“Nós não vamos admitir práticas predatórias e desleais no comércio internacional. Essas práticas nós reagimos dentro das normas da OMC (…) E quanto mais o comércio internacional for agressivo e desleal, mais nós vamos usar a defesa comercial. Isso não é protecionismo, isso é legítima defesa comercial”, disse.

Em encontro com prefeito de Goiânia, Dilma trata de reforma do aeroporto, habitação e educação infantil



Quarta-feira, 31 de outubro de 2012 às 18:04

Em encontro com prefeito de Goiânia, Dilma trata de reforma do aeroporto, habitação e educação infantil

Paulo Garcia e Dilma Rousseff trataram da construção de 81 escolas e 40 mil moradias. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Em encontro com a presidenta Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (31), no Palácio do Planalto, o prefeito reeleito de Goiânia, Paulo Garcia, tratou da reforma do Aeroporto Santa Genoveva, localizado a oito quilômetros do centro da cidade. Segundo ele, o número de passageiros atuais já supera o planejamento de expansão existente, e, por isso, o novo terminal está sendo revisto para atender a crescente demanda.
“A presidenta disse que vai promover a solução definitiva, com a construção do novo terminal. É uma obra importante para o desenvolvimento regional”, disse.
Garcia ainda tratou com a presidenta sobre a meta de zerar o déficit em educação infantil com a construção de 81 centros municipais de educação infantil (Cmei). Ela reforçou o compromisso de disponibilizar recursos federais para 54 deles. O prefeito também pediu apoio para a edificação de 40 mil casas pelo programa Minha Casa, Minha Vida nos próximos quatro anos.

Em encontro com prefeito de Goiânia, Dilma trata de reforma do aeroporto, habitação e educação infantil


Quarta-feira, 31 de outubro de 2012 às 18:04

Em encontro com prefeito de Goiânia, Dilma trata de reforma do aeroporto, habitação e educação infantil

Paulo Garcia e Dilma Rousseff trataram da construção de 81 escolas e 40 mil moradias. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Em encontro com a presidenta Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (31), no Palácio do Planalto, o prefeito reeleito de Goiânia, Paulo Garcia, tratou da reforma do Aeroporto Santa Genoveva, localizado a oito quilômetros do centro da cidade. Segundo ele, o número de passageiros atuais já supera o planejamento de expansão existente, e, por isso, o novo terminal está sendo revisto para atender a crescente demanda.
“A presidenta disse que vai promover a solução definitiva, com a construção do novo terminal. É uma obra importante para o desenvolvimento regional”, disse.
Garcia ainda tratou com a presidenta sobre a meta de zerar o déficit em educação infantil com a construção de 81 centros municipais de educação infantil (Cmei). Ela reforçou o compromisso de disponibilizar recursos federais para 54 deles. O prefeito também pediu apoio para a edificação de 40 mil casas pelo programa Minha Casa, Minha Vida nos próximos quatro anos.

Plano Brasil Maior ajudou o país a enfrentar a crise, diz Fernando Pimentel

cQuarta-feira, 31 de outubro de 2012 às 13:59

Plano Brasil Maior ajudou o país a enfrentar a crise, diz Fernando Pimentel

Ministros do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e da Fazenda, Guido Mantega, se reuniram com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). Foto: Antonio Cruz/ABr
Para o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, o bom desempenho do Plano Brasil Maior teve impacto positivo no enfrentamento da crise internacional. O balanço das ações do programa foi feito durante a 14ª Reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) nesta quarta-feira (31) no Palácio do Planalto, que também contou com a presença do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
“O plano não é voltado para o enfrentamento da crise, é muito mais do que isso. É um plano de desenvolvimento do país, de inovação, de recuperação da competitividade da nossa indústria, mas teve um efeito muito positivo nesse enfrentamento da crise internacional. As medidas até agora adotadas e anunciadas têm um impacto muito positivo sobre o desempenho da economia brasileira”, afirmou.
No balanço executivo divulgado sobre o plano, das 63 medidas anunciadas, 49 estão operacionais e outras 14 em implementação. O programa conta com um sistema de governança público-privado implantado, dividido em 19 Conselhos de Competitividade Setorial, com mais de 500 membros.
“Tanto o governo, quanto os conselheiros do setor privado, nós somos unânimes em avaliar que o conjunto de medidas adotadas está correto, está na direção correta. E foi extremamente oportuno que fosse justamente anunciado no momento que a crise internacional, especificamente a crise na Europa, tivesse se agudizado”, completou.
Entre as medidas, desde agosto de 2011, quando o plano foi lançado, até setembro de 2012, o BNDES liberou R$ 138 bilhões em crédito para investimento e inovação. A cifra representa 84% dos desembolsos do banco. Pimentel ainda falou da análise feita pelo ministro Mantega da economia brasileira e mundial, com uma previsão de crescimento de 4% para 2013.
“[O ministro Mantega] ressaltou o fato de que a economia brasileira tem uma perspectiva de crescimento de 4% para o ano que vem, com previsão consolidada por vários organismos internacionais, incluindo o FMI. Nós temos solidez e robustez fiscal suficiente para propormos esta meta”, disse.

Agenda: Dilma participa de reunião do Conselho de Desenvolvimento Industrial


Quarta-feira, 31 de outubro de 2012 às 9:37

Agenda: Dilma participa de reunião do Conselho de Desenvolvimento Industrial

Agenda presidencial
A presidenta Dilma Rousseff participa hoje (31) da 14ª Reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), às 10h, no Palácio do Planalto. Às 11h, ela se reúne com o ministro da Defesa, Celso Amorim. Às 15h, Dilma recebe o prefeito de Goiânia (GO), Paulo Garcia.

Dilma Rousseff discute energia e economia com o presidente da Fiesp


Terça-feira, 30 de outubro de 2012 às 21:02

Dilma Rousseff discute energia e economia com o presidente da Fiesp

Em encontro nesta terça-feira (30) com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, a presidenta Dilma Rousseff debateu o cenário econômico no Brasil e no mundo e o trâmite para a aprovação da medida provisória que dispõe sobre a redução do preço da conta de energia para consumidores residenciais, em 16,2%, e para as indústrias, em até 28%.
“O que foi feito pelo governo é correto, vai beneficiar todos os consumidores brasileiros, e recuperar parte da competitividade brasileira baixando o preço da energia também para as indústrias (…) Nós vamos nos empenhar no Congresso até que seja aprovada a [MP] 579 e até que as contas de luz de todos os brasileiros recebam desconto a partir de janeiro”, afirmou Skaf.
Sobre o cenário econômico, Skaf afirmou que espera um crescimento maior da economia para 2013. “Devemos crescer 1,4% este ano, com a indústria de transformação ficando em -3%. Mas no próximo ano, a economia tem toda a condição de ter um crescimento de mais de 3%, e a indústria de transformação, com a reação que deu nesses últimos meses do ano, já sinaliza com um melhor crescimento no próximo ano, chegando a 3% também”.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Presidenta debate com ministros ações de enfrentamento à estiagem


Terça-feira, 30 de outubro de 2012 às 12:53

Presidenta debate com ministros ações de enfrentamento à estiagem

A presidenta Dilma Rousseff debateu nesta terça-feira (30) as ações de enfrentamento à estiagem com os ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra, da Fazenda, Guido Mantega, do Planejamento, Miriam Belchior, da Agricultura, Mendes Ribeiro, do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e da Defesa, Celso Amorim.
O Ministério da Integração Nacional, que coordena as ações, divulgou um balanço das ações emergenciais de enfrentamento à estiagem, com R$ 3 bilhões liberados e mais de 3 milhões de famílias diretamente beneficiadas. Atualmente, 1.245 municípios estão em situação de emergência devido à falta de chuva, segundo dados da Secretaria Nacional de Defesa Civil.
O pacote inclui programas como Bolsa Estiagem, Garantia-Safra e Água para Todos, além de repasses por meio do Cartão de Pagamento da Defesa Civil, recuperação de poços e uma linha especial de crédito. Os trabalhos acontecem desde abril, em articulação com dez estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe), que formaram comitês para controle e execução das ações.
Esses grupos vão apresentar seus balanços e sugestões na próxima reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), no dia 9 de novembro, em Salvador (BA).

Em coluna, presidenta Dilma fala sobre turismo, capacitação profissional e combate ao crack


Terça-feira, 30 de outubro de 2012 às 10:46

Em coluna, presidenta Dilma fala sobre turismo, capacitação profissional e combate ao crack

Conversa com a PresidentaA presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (30), na coluna semanal Conversa com a Presidenta, que a expansão da indústria naval brasileira tem gerado milhares de empregos em todo o país. Ao responder o servidor público Luciano Estevam Santos, de Maragogipe (BA), ela destacou que o governo tem desenvolvido ações para qualificar os trabalhadores para essas oportunidades.
“Aí em sua cidade, Maragogipe, começamos, neste mês de outubro, cursos do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), para qualificar 360 profissionais de construção civil para a obra do estaleiro [Estaleiro do Paraguaçu]. O Prominp vai qualificar também 1.892 pessoas para a construção e montagem, até 2016, de seis sondas de perfuração que serão construídas no estaleiro”, respondeu.
A presidenta falou também sobre o programa Crack, é Possível Vencer. Em resposta ao dentista Gerson Pereira, de Bom Repouso (MG), ela explicou que o programa investirá, até 2014, R$ 4 bilhões em ações de saúde e assistência social aos usuários, no enfrentamento ao tráfico e às organizações criminosas e em atividades de prevenção e educação, especialmente para crianças e jovens.
“Doze estados já aderiram ao Programa, incluindo Minas Gerais, que receberá R$ 476 milhões. Estamos ampliando o número de unidades de acolhimento das atuais 22 para 574, em todo o Brasil, em parceria com instituições com tradição no cuidado de dependentes. Vencer o crack exige investimento e ações articuladas, com as quais estamos totalmente comprometidos”, disse.
O publicitário André Luiz Silva, morador de Fortaleza (CE), perguntou sobre as ações do governo para atrair turistas estrangeiros. Dilma respondeu que o governo federal tem trabalhado para oferecer ao turista estrangeiro destinos e roteiros turísticos que reflitam a riqueza natural e cultural brasileira.
“Nossa diversidade natural e cultural certamente é um grande trunfo para a promoção do Brasil no exterior, que vamos explorar ainda mais aproveitando os grandes eventos internacionais que sediaremos, como a Jornada da Juventude e a Copa das Confederações, em 2013, a Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e as Olimpíadas e Paraolimpíadas, em 2016”.

Agenda: Dilma se reúne com ministros


Terça-feira, 30 de outubro de 2012 às 9:15

Agenda: Dilma se reúne com ministros

Agenda presidencial
A presidenta Dilma Rousseff se reúne hoje (30), às 10h, no Palácio do Planalto, com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. Às 11h30, ela recebe o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Às 15h, Dilma recebe o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Já às 16h30, a presidenta se reúne com o ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.

Democratização da comunicação: o que isso tem a ver com a vida das mulheres?, por Paula Andrade


Seg,29 de outubro

(SOS Corpo) Nas últimas décadas, a ação da sociedade civil pela democratização da comunicação, no Brasil, tem se renovado a partir da compreensão de pensar a comunicação no campo dos direitos humanos, reconhecendo-a como um importante e influente espaço de produção de informação e cultura e, nesse sentido, constituição de valores, comportamentos e práticas sociais.
Para nós, mulheres, esse processo passa tanto pela crítica, elaboração e proposição dos conteúdos midiáticos, como pela atuação na esfera pública, reivindicando o exercício da comunicação como parte dos nossos direitos humanos, reflexo de nosso lugar de sujeitos da transformação social. Especificamente, a partir de processos do movimento feminista, e outros movimentos sociais, o direito à comunicação também significa ter as condições para materializar, em diversas mídias, a produção de conhecimento resultante de sua ação.
Assim, afirmar a comunicação como direito humano avança para além do conceito de democratização da mídia, ampliando o sentido de liberdade de expressão. Significa reconhecer que é direito da sociedade participar da produção de sentido (e das disputas que essa participação favorece). Participar tendo autonomia para, discursivamente, se inscrever nas arenas públicas sem a mediação e instrumentalização dos grandes meios de comunicação, mas levando-os em conta.
O feminismo considera que a construção do sujeito implica em criar possibilidades para ação criadora das mulheres que lhes é roubada no cotidiano pelo confinamento doméstico, pela dupla jornada de trabalho, pela violência, e por outras formas de opressão.
O que se passa no entorno da comunicação é crucial na formação das relações de poder. Por isso, não basta monitorar os discursos presentes. É preciso observar o que não contam os meios de comunicação social e apontar as ausências: de alternativas, mensagens e opiniões, sobretudo das mulheres e, entre todas, das mulheres negras e indígenas, entendendo a ideia de participar como condição para efetiva democratização institucional, informacional, econômica e cultural.
Na contemporaneidade, emergem experiências alternativas para superação do que se pode chamar “o sistema passivo de comunicação e democracia” sob o qual vivemos, segundo Manuel Castells. Um sistema que isola as pessoas e as agrega em função dos que controlam o poder.
Apenas as mudanças tecnológicas não são suficientes, estruturalmente, para novas formas de comunicação mais democráticas. Acreditamos que agregar sujeitos pelo direito à comunicação é uma das possibilidades de trilhar saídas para os impasses da democracia atual, inclusive do ponto de vista socioeconômico. A nosso ver, isso contribuirá também para visibilizar novas formas de atuar politicamente e para superação de uma visão da política estigmatizada. Entre outros aspectos, setores da mídia tradicional costumam associar política ao binômio 'corrupção & impunidade' ou, no máximo, à relação entre 'falhas na condução das políticas públicas & crises econômicas', de uma forma descontextualizada, sem revelar forças políticas ou interesses econômicos, como se a ação de governantes fosse uma ação de 'gerentes' neutros.
Fortalecer a atuação do movimento de mulheres e demais movimentos sociais pelo direito humano à comunicação é, portanto, uma contribuição fundamental para enfrentarmos o atual cenário de uma generalização destrutiva sobre a política, resgatando o sentido da democratização do poder, inclusive a partir do campo da comunicação.
No movimento
No âmbito do movimento de mulheres é preciso constituir experiências de atuação estratégica, capazes de viabilizar e fortalecer formas próprias de comunicação e para emergência de novas ativistas nesse campo.
Para maior efetividade, acreditamos ser necessário atuar com base em uma elaboração técnico-política sobre o contexto da comunicação no Brasil e no mundo, o que nos remete à necessidade de formular processos que estimulem experiências inovadoras, considerando a pluralidade e as singularidades de cada lugar, cada sujeito, e de cada mídia (as tradicionais e as mais recentes).
Compreendemos que uma ação voltada para reforçar este debate na sociedade, e em particular no movimento de mulheres, precisa colocar em curso iniciativas de formação e articulação (ações em rede) que contribuam para essa elaboração técnico-política e para a construção de discurso midiático. Além de iniciativas específicas que fortaleçam a capacidade de divulgação das causas e ações das organizações de mulheres e do pensamento feminista, em conexão com uma estética cheia de ousadia e criatividade, próprias do feminismo.
Tudo isso na perspectiva de mais mulheres feministas desenvolvendo novas formas de circular informação, e - pela própria inserção na comunicação, e por se firmarem (e serem reconhecidas) como produtoras e agregadoras de novos conteúdos – contribuírem para mudanças rumo à democratização.
Mulheres feministas com capacidade para se comunicar de forma mais colaborativa, com possibilidade de inovar, sem se prender a um centro, mas expandindo suas conexões por serem também construtoras de “infovias”: caminhos de informação e comunicação. E assim, pelo fortalecimento obtido através da comunicação, poderem também conquistar maior capacidade para sustentar suas organizações e ações coletivas em contextos adversos. Contextos semelhantes ao atual, marcados pelo conservadorismo, recrudescimento do fundamentalismo religioso, restrição do acesso aos bens comuns, perda de direitos e de proteção social no âmbito do trabalho, e restrição de recursos para ações em defesa dos direitos humanos.
Por onde estamos indo?
Na sociedade civil mundial, a novidade dos últimos anos é o fortalecimento da movimentação social a partir de uma multiplicidade de meios que ampliam a comunicação em rede, diferenciando-se da “comunicação de massas” pelas possibilidades de interação, distribuição, descentralização, desintermediação.
Na conjuntura brasileira, como um dos exemplos de ações em rede para o fortalecimento desse debate no movimento de mulheres, temos a Carta aberta das mulheres em luta pelo direito à comunicação, redigida a partir da articulação de organizações feministas, e que contou com a adesão de muitas redes do movimento, o que propiciou sua divulgação em boletim do Fórum Social Mundial. Entre outros conteúdos, a Carta1 foi um dos subsídios retomados na Reunião de Mulheres pela Liberdade de Expressão e Por Mecanismos Democráticos da Regulação dos Meios de Comunicação, aberta hoje, em São Paulo, pelo Instituto Patrícia Galvão, em parceria com o Intervozes, o Geledés e o SOS Corpo.
Não temos dúvida: dessa reunião devem sair algumas boas e novas ações em rede, voltadas para expansão da campanha por liberdade de expressão. São as organizações de mulheres buscando igualdade e liberdade no campo da comunicação. Participe! Como diz o pessoal do Intervozes: Levante sua voz!

- Políticas de igualdade para mulheres avança, mas caminho ainda é longo



(Jornal do Brasil) Os avanços econômicos obtidos pelo Brasil nas últimas décadas foram fundamentais para a inclusão cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho. Conforme mostrado durante a série de reportagens do JB sobre a Condição Feminina no Brasil, especialistas apontaram que foram elas as mais beneficiadas e uma das grandes responsáveis pelo desenvolvimento econômico do país.
Apesar dos avanços, grandes disparidades persistem. Metade das mulheres está fora do mercado de trabalho. Das que estão empregadas, a maioria continua na informalidade. Além disso, a violência doméstica e a dupla jornada são realidade para um grande número delas, dificultando a ascensão profissional e social.
Um dos fatores de maior destaque na melhoria das condições das mulheres, como apontaram especialistas, é a aprovação e implementação da Lei Maria da Penha, que as protege contra o abuso e violência doméstica. A Bolsa Família também foi citada como um dos principais fatores de ascensão social, já que as mulheres são maioria entre os mais pobres da população.

Mulheres sofrem com dupla jornada no trabalho, informalidade e desemprego
Ações mais agressivas são necessárias para que a desigualdade caia mais vertiginosamente, apontaram os especialistas. Segundo Glaucia Faccaro, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), o governo brasileiro tem atuado em diversas frentes para combater o problema. “Nós temos promovido políticas e ações para que as mulheres se insiram no mercado e consigam a autonomia financeira, fundamental para a luta na igualdade de direitos”, afirma.
Trabalho doméstico, um desafio
Uma em cada cinco mulheres trabalha como empregada doméstica no país, mas cerca de 30% delas está na informalidade. Um dos projetos mais atuantes da SPM está exatamente neste nicho do mercado de trabalho brasileiro, tão importante para o sustento de diversas famílias brasileiras. O “Trabalho Doméstico Cidadão” é apontado como um "grande avanço" por Ana Carolina Querino, oficial de Projetos de Promoção da Igualdade de Gênero e Raça da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Segundo o governo, o programa é constituído de três subprojetos. Os dois primeiros abrangem a qualificação social e profissional em sete cidades de estados brasileiros. Serão beneficiadas 350 trabalhadoras domésticas, das quais 210 receberão ações de qualificação social e profissional articulada à elevação de escolaridade. O terceiro subprojeto “Intervenção em políticas públicas” contempla a elaboração de campanhas e ações, como as reivindicações por melhores salários e fiscalização contra trabalho infantil, por exemplo.
"As trabalhadoras domésticas seguem sendo vítimas frequentes de violação dos direitos humanos e dos direitos fundamentais no trabalho, como o trabalho forçado, o trabalho infantil e a discriminação", aponta um documento oficial da OIT. Por isto é tão importante atuar na melhoria das condições para estas mulheres, reitera Ana Carolina.
Combate ao trabalho excessivo
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, juntando as horas gastas com o trabalho formal e dentro de casa, as mulheres chegam a trabalhar mais de 58 horas por semana, treze a mais que os homens. Nesta pauta, um dos projetos citados por Ana Carolina como fundamental são as edições do programa de Pró-equidade de Gênero e Raça, de adesão voluntária das empresas.
"As empresas que optarem por participar deste projeto fazem um estudo dentro da sua empresa sobre o perfil das funcionárias e com estes resultados, elaboram políticas para equilibrar melhor seu ambiente de trabalho", reafirma.
Para as especialistas, medidas como a instalação de creches dentro das empresas e lavanderias públicas, por exemplo, são pequenas ações que podem beneficiar a vida de muitas mulheres brasileiras. "A política de creche do MEC é bem interessante pois é um projeto que a principio vem para melhorar a educação das crianças, mas que também acaba atacando problemas de desigualdade feminina", analisa.
As políticas da SPM, segundo Glaucia Faccaro, tem como objetivo combater as desigualdades que as mulheres são submetidas, equiparando direitos. "A mão de obra feminina no mercado é extremamente benéfica para o país". E para elas, nada mais justo.
Na primeira reportagem da série, o JB abordou o preconceito e discriminação enfrentados pela mulher. Na última segunda-feira, o economista sênior do Banco Mundial comentou, em entrevista exclusiva, a importância da mulher na queda da pobreza no Brasil. A penúltima matéria sobre o assunto falou sobre a remuneração desigual da previdência social para as mulheres.


- Apenas 2% das lésbicas se protegem durante o sexo, diz pesquisa em SP


Lésbicas tambem tem que se proteger de doenças sexualmente transmissiveis.

dsts g1 26102012 300(G1/Bem-Estar) Um levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo com 145 lésbicas entre 18 e 61 anos de idade revela que apenas 2% delas se previnem durante o sexo para evitar doenças sexualmente transmissíveis (DST), como o vírus da Aids.
Segundo o Centro de Referência e Treinamento DST/Aids da secretaria, responsável pela pesquisa, as mulheres que mantêm relações com suas parceiras desconhecem que podem pegar as mesmas doenças que as heterossexuais.
Entre as lésbicas entrevistadas, 33,8% tinham um desequilíbrio da flora vaginal chamado vaginose bacteriana, que causa corrimento. Já exames de fungos mostraram um crescimento em 25,6% das 121 amostras recolhidas – nem todas participaram desse teste.
Além disso, o parasita Trichomonas vaginalis, que causa a DST tricomoníase, foi registrado em 3,5% dos casos. Esse protozoário provoca uma infecção nos genitais que pode não ter sintomas ou se manifestar com um corrimento amarelado e malcheiroso, coceira, dor abdominal e ardência ao fazer xixi.
No exame papanicolaou, 7,7% das lésbicas analisadas tiveram um resultado anormal. A contaminação pelo vírus do papiloma humano (HPV), que costuma causar verrugas e pode levar ao câncer de colo do útero, foi vista em 6,3% das mulheres.
Das 136 participantes que fizeram o teste de HIV, 2,9% tiveram diagnóstico positivo, mas todas já conheciam sua condição sorológica. Na análise de hepatite B, 7% receberam resultado positivo e, na C, 2,1%.
De acordo com o médico Valdir Monteiro, que coordenou o levantamento, as mulheres justificam que mantêm relações sem proteção porque não têm noção do risco, confiam nas parceiras e desconhecem métodos de prevenção do sexo oral feminino.
O médico diz que, nesse caso, pode ser usada a camisinha convencional – cortada verticalmente –, uma proteção de látex vendida em casas de material odontológico ou um protetor de língua. Para quem gosta de acessórios como vibradores, pênis de borracha e brinquedos sexuais, o uso do preservativo comum é fundamental, principalmente se os objetos forem compartilhados, destaca Monteiro.
Na pesquisa, 33,1% das lésbicas disseram que usam acessórios na hora do sexo. Destas, 70,8% utilizam pênis de borracha e 45,8% os compartilham. Apenas 54,5%, porém, trocam a camisinha ao dividir os objetos com outra pessoa.
O médico destaca que, se a mulher – homossexual ou não –, perceber corrimento vaginal, coceira, dor na relação sexual, verrugas ou feridas, deve consultar um ginecologista imediatamente.
Orientações sobre DSTs, prevenção e tratamentos podem ser obtidas no estado de São Paulo pelo Disk-Aids, um serviço telefônico gratuito disponível no número 0800 16 25 50.

- O que perde o governo ao inviabilizar o controle social dos gastos públicos?, por Gilda Cabral


(Universidade Livre Feminista) Não temos essas respostas, mas devemos pensar muito nessas perguntas. Recentemente, o governo sancionou a Lei de Acesso à Informação (LAI), criou sites, portais e telefones para contato direto com a população, estimulando denúncias de mal uso das verbas públicas. Ao mesmo tempo, embola e confunde as pessoas com a falta de transparência sobre os recursos e gastos governamentais. No campo das finanças públicas, retoma a prática da ditadura militar, na qual o Congresso Nacional e a sociedade não têm voz sobre os recursos públicos e nem acesso a informações que permitam monitorar e avaliar os gastos governamentais e as políticas públicas. Discursos e dispositivos legais conflitantes, nada têm com dialética, é prática autoritária mesmo. Além disso, tornam inviável o controle social do gasto público e dificultam o controle externo feito pelo Tribunal de Contas e Ministério Público. Entre os tempos de ditadura e o atual momento, a diferença básica é que agora tudo foi devidamente autorizado pelo Congresso Nacional. Mas o que, exatamente, tornou o controle dos gastos governamentais inviável? Esse será o tema discutido neste artigo.


A partir de 2013, parlamentares e sociedade ficarão totalmente dependentes do governo federal para saber as informações orçamentárias e aquelas relativas a execução financeira das ações que implementam as políticas públicas. Não há mais correspondência entre as leis que definem o Planejamento e o Orçamento da União devido ao grau de agregação adotado no PPA e na LOA. Apesar das muitas normas legais sobre participação social, transparência e acesso a informações e ainda tantos discursos e intenções democráticas, o governo não está promovendo de fato a transparência. Ao conseguir sua autonomia do Congresso para decidir sobre os recursos da União e não adotando medidas de acesso às informações, o governo criou uma situação de dependência total da sociedade e dos parlamentares sobre as informações relativas às finanças públicas, especialmente a implementação dos programas e ações públicas. Se não forem derrubados os vetos
à LDO 2013, o governo tem autorização do Congresso para informar o que, quando, como e onde quiser.

Aparentemente, os parlamentares federais abdicaram de decidir e monitorar os recursos públicos, pois aumentaram de 31 (em 2002) para 96, as hípoteses de alteração da LOA por decreto[2], e ainda autorizaram ampla flexibilidade ao Executivo para abertura de crédito (20%) e alteração das verbas do PAC (30%) criando situações de total independência para o governo. Por exemplo: “qualquer dotação para obra, com valor aprovado de R$100 milhões, pode, teoricamente, ser reduzida a zero ou aumentada, por meio de decreto, para dotação com valor de até R$15,7 bilhões (30% sobre o montante de R$52,2bilhões)”.[3]

Nem ao menos AUTORIZATIVO é o orçamento da União, pois com tanta flexibilidade e delegação de competências para o Executivo, a permissividade é total. Há anos, os parlamentares vêm aceitando passivamente os vetos às suas sugestões nas peças orçamentárias e não têm mais voz ativa nas decisões sobre o uso dos recursos públicos. O atual momento é muito semelhante aos tempos dos governos militares quando ao Congresso só cabia homologar os gastos do governo. O que se observa é uma inversão de papeis: onde o Legislativo propõe e o Executivo veta, como observamos no caso recente da LDO2013 e, por outro lado, tudo que é proposto pelo governo, o Parlamento aprova.

Toda essa flexibilidade dada ao Executivo, traz sobreposição de regras, detalhamentos excessivos e situações específicas que prejudicam a compreensão do conjunto dessas autorizações. Tem-se assim um conjunto de autorizações caóticas e fragmentadas , além de percentuais aplicáveis para abertura de crédito cada vez maiores. Estes problemas somados à generalidade aplicada no detalhamento das ações orçamentárias e da dissociação do planejamento (PPA) e orçamento (LOA), geram o seguinte questionamento: até que ponto a Lei Orçamentária é pra valer ou apenas uma peça formal de aceite homologada pelo Parlamento? Nesse quadro, o controle social exercido pela sociedade e os movimentos sociais, que há décadas vêm investindo nessa área, são os maiores prejudicados.

Para os movimentos de mulheres e feministas, atuar no campo das finanças púbicas e no monitoramento dos recursos destinados às políticas para as mulheres permitiu uma significativa educação política . Foi na militância e na luta por mais recursos para políticas específicas voltadas para as mulheres, que nos qualificamos e incidimos na política econômica do país. Neste processo, começamos a discutir e ter opinião sobre superávit primário, dívida pública, política fiscal e outras tantas que influenciam nossas vidas e nosso dia-a-dia. Foi monitorando o gasto público que mostramos quão desigual podem ser algumas políticas governamentais que reforçam o papel tradicional e reprodutivo das mulheres.

Nossa atuação nessa área trouxe mais que recursos financeiros para as políticas da igualdade. A bancada feminina no Congresso passou a receber subsídios do Orçamento Mulher e a atuar sistematicamente no processo e discussão das peças orçamentárias; os movimentos de mulheres se apoderaram de informações importantes para sua incidência no campo das políticas públicas, passando a propor ações governamentais concretas. Atuar nos orçamentos públicos nos permitiu sair do campo das reivindicações e dos pedidos e construir uma relação mais igualitária com os governos, na qual elaboramos propostas concretas de políticas públicas e exercemos o controle social em cooperação com os gestores governamentais. Foi essa atuação que contribuiu para o entendimento de que as políticas públicas são um direito da cidadania e não apenas uma ação governamental para solucionar um problema da sociedade.

É todo um processo de educação política e democrática que é desmontado a partir dessa decisão de melhoramento “técnico” na metodologia de planejamento e orçamentação adotada pelo governo federal. Com a adoção dessa medida perdemos algo mais preciso do que o importante acesso às informações, perdemos também direitos e processos de construção de cidadania.



O que perde o governo ao inviabilizar o controle social dos gastos públicos?

Credibilidade. A parceria com a sociedade permite aos governantes otimizar seus recursos e melhor definir suas ações, políticas e assim cumprir seu papel com eficiência, eficácia e efetividade, que são princípios da administração pública a serem respeitados. . Muitos problemas sociais não podem ser resolvidos apenas pelo governo e dependem de sua parceria com a sociedade, movimentos sociais, empresários e outros segmentos sociais. Criar relações igualitárias e não de dependência (de informações ou recursos) é essencial para tais parcerias. Assim, uma primeira grande perda do governo é a situação de respeito, igualdade e de real parceria nas suas relações com a sociedade organizada. Sem autonomia não há parceria, mas sim manipulação, cooptação e defesa de interesses particulares de determinados segmentos da sociedade.

Um bom exemplo da parceria governo e movimentos de mulheres é a Lei Maria da Penha. Gestada inicialmente por feministas e ativistas dos movimentos, a parceria com o governo e o parlamento permitiu a edição de legislação adequada para o enfrentamento à violência contra a mulher. O controle dos recursos tem agilizado a implementação das políticas públicas e reforçado os entendimentos entre as diferentes esferas governamentais e as mulheres. Em todo esse processo, ganhou a democracia.

Outra perda é o aumento da corrupção. O controle social é o mais eficaz meio de combater a corrupção dos agentes públicos e seus corruptores. Além disso, é através do controle social do gasto público que se pode corrigir rumos e melhor utilizar os recursos financeiros de determinada política ou programa. Muitas vezes os cidadãos e cidadãs que atuam nos espaços de controle social , como os conselhos temáticos, representam mão de obra qualificada e gratuita para os governantes. Ao inviabilizar a atuação do controle social no controle financeiro da implementação das políticas públicas, o governo perde um dos maiores e mais baratos controles no combate à corrupção e defesa da lisura nas ações governamentais.

Aliados e Parcerias Dignas. No afã de conseguir sua autonomia no campo dos recursos públicos administrados pelo governo federal e de dificultar o monitoramento pela sociedade e o controle externo, além de criar governo, cria facilidades para corrupção e o mal uso dos recursos, trazendo como consequência direta a insatisfação social e o fortalecimento do segmento de oposição e de crítica a sua atuação.



O governo perde muito ao inviabilizar o Orçamento Mulher

O Brasil era o único país que tinha o acompanhamento diário, com amplo acesso às informações sobre a aplicação dos recursos públicos voltados para as políticas para as mulheres. Para nossa tristeza, será justamente no governo da primeira mulher presidenta que o país, não mais poderá ostentar tal façanha. Os orçamentos sensíveis a gênero (PSG) representam um esforço de décadas da ONU MULHERES que, no Brasil, teve sua implementação pelo CFEMEA em parceria com a SPM da Presidência da República, os movimentos de mulheres e feministas e o Senado Federal, através do SIGA.

A nova metodologia, agrupando programas, adotada pelo governo da presidenta Dilma para elaboração do PPA 2012-2015 já dificultou muito o monitoramento das políticas públicas e agora, agregando as ações do Orçamento para 2013, torna inviável qualquer monitoramento, pois será impossível fazer a correspondência do conteúdo do PPA com os recursos definidos na LOA. Nos tempos da ditadura era assim: o que se planejava não era associado ao que se gastava.

Mudamos isso com a Constituição Cidadã[4]: O que se planeja (Programas do PPA) tem sua correspondência direta com os recursos previstos na LOA[5]. Aparentemente, o PPA também não é mais o núcleo do planejamento do governo pois não traz os programas, planos e metas anunciados e divulgados pelo governo, tais como o Brasil Sem Miséria, Brasil Carinhoso, Brasil Sorridente, Rede Cegonha, Saúde não tem Preço, Bolsa Verde entre tantos outros que, por sua vez, também não têm sua correspondência direta nas ações orçamentárias (LOA), tornando inviável monitorar e avaliar seus recursos, pois com esses “nomes fantasias” nada existe nas peças orçamentárias: PPA, LDO e LOA.

No PPA 2012-2015 o governo já transformou seus Programas em Objetivos[6] e agora aplica a mesma agregação e transforma as ações orçamentárias em POs (Plano Orçamentário). Na LOA 2013, as ações orçamentárias foram generalizadas e esvaziadas de seu significado como categoria de programação de despesa. A correspondência entre PPA e LOA só foi possível em 2012 porque, através do código dessas ações, se conseguiu fazer a ligação entre o PPA e a LOA.

Esse campo PO, mesmo que inserido no SIAFI, por não constar da LOA, não permite identificar os recursos autorizados e tampouco acompanhar sua execução orçamentária, pois nem de codificação padronizada o PO dispõe. Além de infralegal, trata-se de campo de preenchimento optativo por parte dos gestores públicos.

Reduzindo e generalizando as Ações Orçamentárias e sem o respectivo vínculo (direto e recuperável) com as Metas e Objetivos do PPA, o Poder Executivo fica com total autonomia para gastar o que, onde, como e quando quiser. Seu limite será o Programa Temático que é genérico e não traduz políticas ou prioridades governamentais, mas apenas áreas de atuação do governo como Saúde, Trabalho, Assistência, Previdência Social, etc.

Novamente se reforça o conceito que, também em relação às políticas sociais, nem mais AUTORIZATIVO o Orçamento é, pois não define e nem autoriza mais nada. Ou melhor, autoriza tudo. Como proposto, o orçamento permite que o Executivo faça o que bem entender. Essas mudanças prejudicam o controle social e inviabilizam vários instrumentos que desenvolvemos ao longo desses anos, como é o caso do Orçamento Mulher.

O Orçamento Mulher tem mais de 10 anos de existência e presta inegáveis serviços às entidades, especialistas e pessoas que acompanham e avaliam as políticas do governo federal. É o instrumento principal para monitorar o gasto e a execução orçamentária e financeira das ações governamentais e políticas para efetivar os direitos das mulheres. Até 2011, a seleção para integrar o Orçamento Mulher era por Programa e os mesmos eram agrupados em áreas temáticas. Com a generalização dos programas, a partir de 2012, mudamos a metodologia de seleção e passamos a selecionar as ações orçamentárias, que foram agrupadas em categorias de análises que retratam como essas ações impactavam a vida e autonomia das mulheres.

Atualmente, com a generalização e agrupamento das ações da LOA, será impossível identificar o montante de recursos destinados às políticas para as mulheres. Já havia distorções no montante (superestimado) dos recursos alocados no Orçamento Mulher, mas eram aspectos identificáveis e ponderados nas análises feitas. Como o planejamento governamental não é elaborado a partir da perspectiva de gênero, sempre haverá dificuldades para conhecer o montante real de recursos para implementar políticas para a igualdade. Contudo,até 2012 era possível ponderar e alertar para possíveis distorção dos valores alocados, o que passa a ser inviável a partir de 2013

Com as novas metodologias do governo federal, só nos restará acompanhar ações pontuais e específicas, sem nenhuma possibilidade de agrupamento ou formação de conjunto de políticas públicas para as mulheres, no âmbito do orçamento do governo federal. Também as séries históricas sobre as políticas para as mulheres serão perdidas. A falta de continuidade histórica das análises é uma perda inestimável. Na área das políticas sobre violência contra a mulher, por exemplo, o Cfemea conta com informações do gasto federal desde 1995 até 2012.

E o que mais revolta é que todas essas mudanças metodológicas são passadas como “melhorias técnicas” e para melhorar e facilitar a participação social: PPA 2012-2015 Plano Mais Brasil, Mais participação. E no site do ministério do planejamento onde se acha o link para Orçamento Federal ao Alcance de Todos ainda temos pérolas como: “O objetivo deste orçamento simplificado, podendo ser também chamado de “orçamento-cidadão”, é contribuir para a formação de uma sociedade melhor informada e mais participativa na gestão dos recursos públicos”. É de doer...