quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Consumo é fraco na Alemanha apesar de mercado de trabalho forte


Por Noah Barkin
BERLIM, 31 Jan (Reuters) - O mercado de trabalho alemão permanece forte, mas isso não está se traduzindo em um aumento significativo no consumo privado, levantando dúvidas sobre a força da recuperação na maior economia da Europa.
Dados do Escritório Federal do Trabalho mostraram que o número de pessoas sem emprego caiu em 16 mil segundo dados ajustados sazonalmente, interrompendo uma longa série de aumentos para reduzir a taxa de desemprego a 6,8 por cento, não longe da mínima pós-reunificação.
A notícia será comemorada pelo governo de centro-direira da chanceler Angela Merkel, que passará pelo crivo das urnas em setembro, numa eleição eleição que pode ser influenciada pela situação da economia.
Mas o número positivo do mercado de trabalho foi ofuscado por outro dado mostrando que as vendas no varejo recuaram no ritmo mais rápido em mais de três de anos em dezembro. Além disso, a previsão da associação de varejo HDE de que espera queda nas vendas em termos reais em 2013 também tornou-se um baque para a expansão no emprego.
"Esses são números decepcionantes", disse Christian Schulz, do Berenberg Bank. "Os consumidores não estão abrindo suas carteiras."
Os dados de vendas no varejo, conhecidos por serem voláteis, mostraram recuo de 4,7 por cento na comparação com o mesmo período do ano anterior, resultado anual mais fraco desde maio de 2009. Na comparação mensal, a queda foi de 1,7 por cento, a maior desde maio de 2011.
Economistas consultados pela Reuters esperavam que as vendas no varejo recuassem 0,1 por cento no mês e 1,6 por cento na comparação anual.
Apesar do desemprego baixo e salários altos, o consumo privado permanece fraco.
O Produto Interno Bruto (PIB) contraiu 0,5 por cento no quarto trimestre de 2012, de acordo com estimativa do Escritório de Estatísticas, e o governo estima um crescimento de 0,4 por cento neste ano.
As vendas no varejo recuaram em quase todos os setores em dezembro, com alimentos, bebidas e tabaco cedendo 4,1 por cento na comparação anual em termos reais, e vestuário, calçados e têxteis registrando queda de 6,5 por cento.
O HDE informou que as vendas no varejo em novembro e dezembro recuaram 0,7 por cento na comparação com o período de Natal anterior.
(Reportagem adicional de Rene Wagner)

Na Petrobras, mais é menos


A novela do aumento da gasolina, decretado nesta semana pelo governo, expôs com clareza como a política econômica brasileira hoje é capaz de subverter as leis mais básicas da economia e da gestão.

A explosão do consumo de combustíveis no Brasil rendeu enormes prejuízos à estatal que domina o mercado nacional de combustíveis. É isso mesmo, quanto mais a Petrobras vende gasolina, maior o seu prejuízo.
A explicação é simples. Como falta ao Brasil capacidade de refino, temos que importar gasolina. Como os preços do combustível são subsidiados pelo governo, a Petrobras tem de vender a gasolina que importa com prejuízo.
Mesmo com o reajuste desta semana, analistas calculam que a perda da Petrobras ainda é de 7% a 12% no preço da gasolina e de 12% a 15% no diesel. A perda da Petrobras com o subsídio era estimada em cerca de R$ 2 bilhões ao mês. Agora, após os reajustes, passaria a R$ 1,2 bilhão por mês. Como diria Paulo Francis, velho inimigo da nossa maior empresa: waal!
A política de combustível subsidiado não só afundou o resultado da Petrobras como destruiu a antes promissora indústria de biocombustíveis, incapaz de competir com a gasolina barata subsidiada. Ou seja, o governo gastou dinheiro para incentivar o etanol e depois gastou dinheiro para destruir o etanol. E mais: as perdas recorrentes comprometeram o plano de investimentos da petrolífera bem no momento em que ela (e o país) precisam dar início à custosa e arriscada exploração do pré-sal. Ou seja: o governo deu de presente à estatal o monopólio de operar as reservas do pré-sal, mas ao mesmo tempo minou sua capacidade de fazê-lo.
É uma proeza do chamado desenvolvimentismo, levar a Petrobras, uma das maiores petroleiras do mundo, a perder dinheiro na era em que o petróleo sustentou seu maior patamar, no momento em que seu mercado interno e cativo explodiu e depois de ganhar reservas potencialmente incríveis para explorar.
O mercado olhando o óbvio puniu severamente a ação da empresa, que serve de reserva não só para o governo, mas também para milhões de trabalhadores brasileiros.
E tudo isso para quê? Não está muito claro, mas parece que para segurar a inflação sem precisar mexer nos juros para cima, já que outro grande feito do desenvolvimentismo foi criar a taxa de juros que só cai.
Se o governo fez isso com a maior empresa do Brasil numa conjuntura em que ela deveria estar lucrando e investindo como nunca, imagine o que pode fazer com a economia do país.

Governo autoriza Petrobras a importar 40 milhões de metros cúbicos de GNL



DA REUTERS
A Petrobras recebeu autorização para importar gás natural liquefeito (GNL) no mercado de curto prazo, segundo publicação do Ministério de Minas e Energia (MME) no "Diário Oficial" desta quinta-feira.
A portaria determina que o volume total a ser importado seja de 40 milhões de metros cúbicos, sem fornecedor previamente definido.
A pasta explica que o objetivo é atender à demanda de gás natural no Brasil, mas exclui Mato Grosso e os Estados da região Norte.
As entregas deverão ocorrer em terminais marítimos na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, e em Pecém, no Ceará, onde há unidades de regaseificação de GNL. A autorização tem validade de 24 meses.
No início de janeiro, operadores de mercado disseram que o Brasil estava pagando preços altos por importações emergenciais de GNL, com a Petrobras sendo forçada a pagar prêmios de preço para garantir carregamentos de combustíveis em um mercado bastante concorrido para atender à demanda de usinas termelétricas brasileiras.
Na quarta-feira, a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) informou que um navio vindo de Trinidad e Tobago chegou ao porto de Bahia Blanca, na Argentina, com uma primeira carga de gás natural que vai alimentar a térmica de Uruguaiana, do grupo AES.

    Rio de Janeiro tem mais de 6 mil casos suspeitos de dengue

    31.01.2013 | Saúde

    Mosquito da Dengue

    Rio de Janeiro – O estado do Rio de Janeiro registrou 6.131 mil casos suspeitos de dengue entre os dias 1º e 26 de janeiro de 2013. Não foi notificada nenhuma morte. No mesmo período do ano passado, foram registrados 7.766 casos suspeitos da doença, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde.
    Segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da secretaria, Alexandre Chieppe, a circulação do vírus tipo 4 no estado deixa a população mais vulnerável à doença. A maioria não tem imunidade contra esse vírus. “Nós já verificamos uma intensificação da transmissão em alguns municípios da região noroeste, particularmente em Itaperuna, Miracema, Aperibé e Itaocara, uma região que historicamente começa a ter casos de dengue mais precocemente, nos meses de dezembro e janeiro. Neste momento, temos uma transmissão mais intensa em Campos, Rio das Ostras, Rio Bonito e Itaboraí”, explicou.
    Chieppe informou que houve também aumento da transmissão em Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que sofreu com os estragos causados pelas chuvas no início do ano. “O restante da Baixada até o momento não apresenta alta transmissão, mas é importante ressaltar que não é ainda no mês de janeiro que ocorre o maior número de casos, que se dá entre os meses de março e abril. Então, a gente não pode garantir que não vai ocorrer nenhum problema nesses municípios”, disse o superintendente.
    Em todo o estado, cerca de 10 mil agentes de saúde estão atuando no controle da doença. Até o momento, oito centros de hidratação foram instalados, sendo um em Xerém, um em Nova Iguaçu, e o restante no noroeste do estado. Nesta quinta-feira (31), está prevista a instalação de mais um centro no município de Sapucaia.
    “Nós devemos realizar um roteiro de inspeção por dez minutos por semana na nossa residência, seguindo um check list de todos os locais que podem acumular água parada, desde aquele ralo esquecido no jardim, o vaso sanitário afastado que não é utilizado, até os mais comuns, como a caixa d'água ou uma calha de água entupida. Se cada um fizer sua parte, conseguiremos eliminar 90% dos possíveis focos do mosquito que hoje identificamos no estado”, acrescentou o superintendente.
    Um levantamento feito na capital fluminense, entre os dias 6 e 12 de janeiro, apontou que cerca de 70% dos criadouros do mosquito transmissor está dentro das casas. A cada 1.000 casas vistoriadas pelos agentes de saúde, 17 têm criadouros da dengue, o equivalente a um índice de infestação de 1,7%. No mesmo período de 2012, o índice de infestação médio no Rio chegava a 2,3%, representando uma queda de 26%. O levantamento foi conduzido pela Secretaria Municipal de Saúde e a Defesa Civil.

    Governo da Colômbia endurece discurso contra as Farc


    Bogotá - O chefe dos negociadores do governo colombiano com as Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc), Humberto de la Calle, respondeu nesta quarta-feira (30), ao comunicado da guerrilha sobre a captura de militares. Antes de partir para Cuba para nova reunião com representantes das Farc, de la Calle criticou o grupo armado pela prisão dos policiais Victor González e Cristian Camilo. Mais cedo, as Farc alegaram que “se reservam ao direito” de aprisionar militares quando em combate.
    “Se a intenção de vocês não é chegar ao fim do conflito, que digam de uma vez e não nos façam perder tempo”, declarou o negociador. De la Calle também disse que não vai conversar com a guerrilha sobre a regularização do conflito armado. “Essa é a sua velha pretensão de institucionalizar e prolongar a guerra indefinidamente”, defendeu.
    Apesar de as Farc terem recorrido às regras de guerra previstas no Direito Humanitário Internacional para explicar a captura dos policiais, o negociador disse que as Farc fizeram justamente o que não deveriam ter feito neste momento. “Essa é uma resposta equivocada da guerrilha que atenta contra o processo de paz”, finalizou.]

    Governo aumenta quantidade de etanol na gasolina


    Brasília - O percentual de etanol misturado à gasolina passará de 20% para 25% a partir do dia 1º de maio. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (30) pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, depois de reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e representantes do setor de etanol.
    A ideia inicial era que a elevação da mistura fosse feita em junho, mas o governo decidiu antecipar a vigência. Segundo Edison Lobão, a expectativa do governo é que a medida ajude a reduzir o impacto do aumento do preço da gasolina, que teve reajuste de 6,6% nas refinarias.
    Segundo o ministro, os produtores garantiram ao governo “de mãos juntas” que vão abastecer o mercado, aumentando a produção de 22 bilhões para 26 ou 27 bilhões de litros de etanol por ano. Em 2011, o percentual de álcool anidro adicionado à gasolina teve redução de cinco pontos percentuais por causa da falta do produto. “O governo também vai estudar a possibilidade de incentivar ainda mais o setor de etanol”, disse.
    Edison Lobão também garantiu que o governo vai fiscalizar os postos de combustíveis para evitar aumentos abusivos no preço da gasolina. “O governo vai fiscalizar rigorosamente com a Agência Nacional do Petróleo. O mercado é livre, mas não deve exceder o limite do razoável”.

    PIB dos EUA cai, mas mostra avanço no setor privado

    31.01.2013 |

    Gastos militares do governo americano tiveram maior redução desde 1972

    Contrariando expectativas, a economia dos EUA encolheu a uma taxa anualizada de 0,1% no quarto trimestre de 2012, indicam estimativas oficiais divulgadas nesta quarta-feira pelo Departamento de Comércio.
    A maior economia do mundo havia crescido 3,1% no trimestre de julho a setembro. Economistas creem que, no trimestre seguinte, o resultado foi afetado pelas tensões envolvendo o chamado "abismo fiscal" – os cortes de gastos e a elevação de impostos previstos para vigorar no início deste ano.
    O gatilho foi evitado no último minuto por um acordo no Congresso, mas pode ter surtido efeito negativo na confiança dos empresários, que decidiram interromper a restituição dos seus estoques nos últimos três meses do ano, acreditam analistas.
    Se o número for confirmado – estas estatísticas são preliminares e serão revisadas duas vezes nos próximos dois meses –, será a primeira contração econômica dos EUA desde a recessão global de 2009.
    Forças opostas
    Entretanto, os resultados indicaram duas tendências opostas: primeiro, uma redução nos gastos do governo, em linha com os fins das medidas anticíclicas postas em prática durante os primeiros quatro anos do governo do presidente Barack Obama.
    Os gastos de defesa, em particular, tiveram a sua maior redução (22%) desde 1972, quando os EUA estavam saindo da Guerra do Vietnã.
    Por outro lado, os números indicaram saúde no setor privado: os gastos dos consumidores continuam acelerando, passando de um ritmo de 1,6% no terceiro trimestre para 2,2% nos três meses seguintes. Houve também sinais de recuperação no mercado imobiliário.
    Ao mesmo tempo, um relatório separado sobre o emprego divulgado nesta quarta-feira – os números do instituto de pesquisas ADP, com sede em Nova Jersey – indicou que o mercado de trabalho acrescentou 192 mil vagas em janeiro, o ritmo mais forte de crescimento desde fevereiro do ano passado.
    Os números oficiais do emprego nos EUA no primeiro trimestre serão divulgados na próxima sexta-feira pelo Escritório das Estatísticas do Trabalho.
    Analistas apontam a recuperação do mercado de ações e a volta do apetite por riscos no início deste ano como sinais de que o crescimento da economia americana será em 2013 puxado pelo setor privado.
    Quando se considera todo o ano de 2012, as estimativas iniciais apontam um crescimento de 2,2% da economia americana, uma aceleração em relação ao 1,8% registrado em 2011.
    Para este ano, organizações como o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetam um crescimento econômico de 2% para o país.
    'Boa forma'
    O analista Peter Newland, do banco Barclays em Londres, notou que, à parte o peso dos gastos de defesa e dos estoques, o relatório sobre a economia americana "teve um tom positivo".
    Paul Ashworth, da Capital Economics, descreveu o resultado como "a contração com melhor forma que se verá no PIB americano".
    "O efeito negativo vindo do setor de defesa e dos estoques acontece apenas uma vez: o resto do relatório é animador", resumiu.
    Ainda assim, o encolhimento econômico do quarto trimestre deve aumentar a pressão sobre o Fed (banco central americano) para manter as suas medidas de estímulo da economia.
    O Fed, que encerrou sua reunião nesta quarta-feira, disse que continuaria com o seu programa de compra de títulos do governo e manteria os juros da economia quase zerados até que o desemprego baixe dos atuais 7,8% para 6,5%, desde que a inflação permaneça sob controle.
    Efeitos no Brasil
    À parte um efeito negativo nas bolsas nesta quarta-feira, economistas não acreditam que a desaceleração da economia americana tenha grande impacto na recuperação econômica mundial.
    O economista Marcos Troyjo, diretor do centro de estudos sobre os países Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), da Universidade de Columbia, em Nova York, crê que pelo menos para o Brasil os efeitos serão inexistentes.
    "Tudo o que se podia creditar à crise internacional como inibidor do crescimento (no Brasil) já foi feito", disse Troyjo.
    Ele observou que outras economias latino-americanas, inclusive que possuem laços estreitos com os EUA, como Colômbia, Peru e México, "estão se expandindo bem acima do Brasil". O crescimento brasileiro neste momento é metade do crescimento americano e mais lento que o de outros países Bric.
    "Esse subdesempenho brasileiro está menos influenciado por problemas nas economias avançadas e mais pelas limitações do ambiente interno de negócios no país", argumentou o economista.
    "Vamos perdendo apelo em comparação com outros países por não nos dedicarmos ao necessário 'choque de competitividade' que adviria de uma rápida adoção das reformas microeconômicas."

    Facebook vê receita crescer 40% e lucro cair 79% no 4º trimestre



    O Facebook aumentou sua receita em 40% com o dinheiro gerado por anúncios na rede social, mas viu seu lucro líquido cair 79% no quarto trimestre do ano passado, segundo balanço da companhia divulgado nesta quarta-feira (30).
    As operações com anúncios da maior rede social do mundo cresceram em seu maior ritmo desde antes da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), em maio de 2012, e a receita cresceu para US$ 1,585 bilhão, ante US$ 1,131 bilhão no mesmo período do ano anterior.
    O lucro líquido despencou para US$ 64 milhões (US$ 0,03 por ação), ante US$ 302 milhões (US$ 0,14 por ação) na comparação anual.
    Após a divulgação do último balanço trimestral de 2012, o papel do Facebook caía 1,44% (US$ 30,79) no "after market" (negociações feita após o encerramento do pregão oficial). Durante o dia, a ação havia subido 1,46% (US$ 31,24).
    PUBLICIDADE
    A rede social cofundada por Mark Zuckerberg incrementou seus serviços de publicidade on-line nos últimos meses, dando mais ênfase a anúncios em dispositivos móveis e permitindo que anunciantes mirem usuários segundo seu histórico de navegação na internet.
    A receita com publicidade no trimestre passado cresceu 41%, para US$ 1,33 bilhão, com dispositivos móveis representando 23% do total.
    O dinheiro arrecadado com publicidade foi responsável por 84% de toda a receita do Facebook no trimestre.

    Brasil cai nove posições no ranking de liberdade de imprensa

    31.01.2013 |

    Brasil cai nove posições no ranking de liberdade de imprensa

    País ocupa a 108ª posição entre 179 países pesquisados pela organização Repórteres Sem Fronteiras. Principais problemas no Brasil são violência contra jornalistas, censura prévia da Justiça e concentração midiática.
    A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou nesta quarta-feira (30/01) o ranking de liberdade de imprensa entre 179 países. O Brasil caiu nove posições em relação à classificação de 2012 e ocupa a 108ª posição.
    O relatório cita os motivos pelos quais o Brasil, considerado modelo regional e motor econômico da América Latina, perdeu posições na classificação: cinco jornalistas mortos em 2012, a concentração dos meios de comunicação no país e, ainda, o marco regulatório da mídia brasileira – que ainda é do tempo da ditadura militar.
    A censura prévia pela Justiça aos veículos de imprensa no Brasil também foi apontada como sério problema e está entre os fatores responsáveis pela piora na classificação do país desde o ano passado. "Há três anos que o jornal O Estado de São Paulo não pode publicar assuntos que incomodem os interesses da família Sarney", frisou Benoît Hervieu, diretor do escritório para as Américas da RSF, em entrevista à DW.
    O panorama midiático do país mereceu a divulgação, no final de janeiro, do relatório "Brasil, o país dos trinta Berlusconis". No estudo, a RSF aborda os maiores desequilíbrios e obstáculos que caracterizam o panorama midiático da maior economia sul-americana e o fato de grande parte das mídias locais e regionais pertencerem a políticos.
    "Esse é um obstáculo para a independência da mídia. É uma imprensa que muitas vezes responde somente aos interesses dos políticos, tornando impossível se ter uma informação realmente plural", frisou.
    Os países das Américas que estão melhor colocados no ranking são: Jamaica (13º), Costa Rica (18º), Canadá (20º), Uruguai (27º), Suriname (31º) e Estados Unidos (32º). A Argentina caiu sete posições e ocupa a 57ª posição. Entre os motivos, estão os conflitos entre o governo e alguns grupos privados de imprensa, como o Clarín, em particular por causa da nova Lei dos Meios de Comunicação da Argentina.
    Países europeus no topo
    A parte superior do ranking é ocupada por três países europeus: Finlândia, Holanda e Noruega – as nações ocupam as mesmas colocações pela terceira vez consecutiva. Os motivos para isso são critérios como a baixa incidência de violência contra jornalistas, assim como a legislação desses países. A Alemanha caiu uma posição em relação ao relatório divulgado no ano passado e ocupa hoje a 17ª colocação.
    Os casos mais sérios são o Turcomenistão, Coreia do Norte e Eritreia. Esses países são chamados pela organização de "o trio infernal" e, como no ano anterior, ocupam as três últimas colocações no relatório de 2013.

    Censura prévia da Justiça a veículos da mídia é grave no Brasil, disse Hervieu
    O índice é publicado anualmente pela organização e avalia o grau de liberdade que possuem jornalistas, meios de comunicação e cidadãos para manifestarem sua opinião. Além disso, a RSF avalia as medidas implementadas pelos países para que essa liberdade seja respeitada.
    "A classificação mundial publicada pela RSF não leva em conta diretamente o tipo de regime político. Entretanto, parece claramente que as democracias protegem melhor a liberdade de produção e difusão de informações do que os países que desprezam outros direitos humanos", concluiu Christophe Deloire, secretário-geral da RSF.
    A organização informou também o índice de liberdade de imprensa por região global. O cálculo se baseia em uma média relacionada à população, com resultados que vão de zero a 100, sendo que zero representa uma situação ideal. A Europa obteve 17,5 pontos; as Américas, 30; Ásia-Pacífico, 42,2; e a Rússia e os países da antiga União Soviética, 45,3.
    A violência contra jornalistas durante a Primavera Árabe fez com que a região do Oriente Médio-Norte da África ficasse em último lugar, com 48,5 pontos. Depois dos movimentos de protesto nesses países, entretanto, o relatório de 2013 mostra o retorno de uma "certa normalidade" e verifica atitudes positivas dos governos frente à liberdade de imprensa em médio e longo prazos.
    Autor: Fernando Caulyt
    Revisão: Francis França

    Agenda: Reunião com o ministro do Esporte


    Quinta-feira, 31 de janeiro de 2013 às 6:02

    Agenda presidencial

    A presidenta Dilma Rousseff recebe nesta quinta-feira (31), às 15h, no Palácio do Planalto, os prefeitos de Campo Grande, Alcides Bernal, e de Palmas, Enrique Amastha. Às 16h30, a presidenta se reúne com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

    A democracia é o melhor instrumento para impedir a tirania e tragédias como o Holocausto, afirma Dilma


    Quarta-feira, 30 de janeiro de 2013 às 21:12
    Em solenidade alusiva ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, nesta terça-feira (30), em Brasília, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o melhor instrumento para impedir a tirania e tragédias como o Holocausto é a democracia. Dilma também disse que não se pode esquecer momentos difíceis da história brasileira como os 300 anos de escravidão e os anos de ditadura.
    “O Holocausto é necessariamente para nós brasileiros algo que tem que ser objeto da memória e da verdade (…) Nós somos capazes como nação, de construir uma grande riqueza que é nos desenvolver tendo um profundo respeito pelos direitos humanos na construção da democracia. Isso não significa que nós podemos deixar de avaliar, de conhecer, de estudar as mais dolorosas lições da história humana. Pelo contrário, é sobretudo por isso mesmo e para que nós nunca esqueçamos, é que é necessário lembrar, repetir, sistematicamente, para impedir que isso se repita”, afirmou.
    O evento prestou homenageou o embaixador brasileiro na França, Souza Dantas, e Aracy Guimarães Rosa, funcionária do consulado em Hamburgo, que salvaram milhares de judeus ao emitir vistos para que pudessem vir para o Brasil. O dia 27 de janeiro foi escolhido pela Assembleia Geral da ONU para a homenagem e faz alusão à libertação pelas tropas soviéticas do campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia.
    Segundo Dilma, Dantas e Aracy tiveram coragem de enfrentar a tirania, diante da guerra, da morte, do extermínio. Para a presidenta, eles foram capazes de se levantar e proclamar a legalidade da condição humana, mesmo enfrentando riscos ao emitir os passaportes que salvaram a vida de judeus nas décadas de 1930 e 1940. “Há sempre esperança, por causa da capacidade de coragem diante de tanta barbárie. Honraram o Brasil e dignificaram a humanidade”, completou.
    Carta de Shimon Peres
    Rafael Eldad, embaixador de Israel no Brasil, leu carta enviada pelo presidente israelense, Shimon Peres, em que enviou as “mais sinceras condolências às famílias das vítimas e a todo o povo brasileiro” pela tragédia ocorrida em Santa Maria, no último fim de semana. Peres afirmou ainda afirmou estar “consternado e profundamente triste”. Finalizou dizendo: “Nossos corações estão com todos vocês neste momento de luto, enquanto inclinamos nossas cabeças e oramos juntos diante de tanta perda”.

    quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

    Uruguay dará bicicletas o computadoras a cambio de armas POR GUILLERMO PELLEGRINO Es la iniciativa del gobierno “Armas por la vida”. En el país habría unas 500 mil piezas ilegales. En 2012, hubo 267 homicidios.


    Sin armas. El gobierno de José Mujica implementará el plan en breve./EFE
    MONTEVIDEO. ESPECIAL - 26/01/13
    En coincidencia con la fuerte escalada de muertes violentas que, al igual que el año pasado, Uruguay está viviendo en el inicio de 2013, funcionarios del Ministerio del Interior se encuentran por estos días abocados a dos campañas vinculadas al tema de las armas: la primera propone al ciudadano cambiarlas por una bicicleta o una computadora; y la otra, con la idea de que salga en paralelo, es por “la tenencia responsable”.
    Ambas campañas están siendo producidas y desarrolladas por la Unidad de Comunicación del Ministerio del Interior que, desde hace un tiempo, está en contacto con especialistas uruguayos en la materia y con actores que participan en las experiencias de desarme de otros países de América Latina. Y contará con dos socios estratégicos: el ministerio de Turismo, por su estrecho vínculo con fabricantes e importadores de bicicletas, a través de los programa de ciclovías y turismo interno; y el Laboratorio Tecnológico del Uruguay (LATU), que tiene a cargo el plan Ceibal, un proyecto socioeducativo instaurado durante el gobierno de Tabaré Vázquez, que logró que todos los alumnos de las escuelas del Estado tuvieran una computadora. El plan se iniciaría en breve.
    A pesar de no haber cifras exactas, se estima que hay 500 mil armas en posesión de civiles en forma irregular. Y unas 450 mil registradas. Esto significa que uno de cada tres uruguayos, en una población de 3,2 millones de habitantes, está armado.
    Muchas de estas armas, en algún momento y por diversas causas (como la venta y el robo, las más comunes) pueden terminar ingresando al mercado ilegal. En Uruguay, la mayoría de los homicidios se cometen como armas de fuego. Estos casos, cuyo promedio en los últimos 20 años era de 6 cada 100.000 habitantes, aumentaron a partir de 2012 , año en el que se registraron 267 homicidios, según la organización privada FundaPro, vinculada al Partido Colorado. En 2011, la cantidad de asesinatos había sido de 193.
    “Por eso la campaña ‘Armas para la vida’ propone un canje: el ciudadano trae un arma y recibe a cambio otra ‘arma para la vida’’. Un arma de conocimiento, como lo es una computadora portátil u otra, para el esparcimiento, el ejercicio o el trabajo, como la bicicleta”, explicó aClarín Marcelo Barzelli, director de Comunicación del Ministerio del Interior de Uruguay.
    “El objetivo claro de esta campaña es colaborar en la importante tarea de desarme de la sociedad uruguaya, un foco vital en el camino hacia una convivencia más armónica, para que así las diferencias se solucionen a través del diálogo y la negociación”, subrayó en funcionario.
    La otra campaña, la de “Tenencia responsable”, “se implementará en las personas que posean una arma o tengan la firme decisión de adquirir una, para que cumplan los requisitos legales correspondientes, sacar permisos y recibir el entrenamiento adecuado”, concluyó Barzelli.

    Segundo Mutirão da Cidadania mobiliza comunidades‏


    Rosane Buffato apresentou pedidos para o Loteamento do Bosque
    Foto: Ederson Nunes
    Dr. Thiago assumiu o compromisso de não deixar nenhuma demanda sem resposta.

    Participação Popular

    Segundo Mutirão da Cidadania mobiliza comunidades

    Representantes de comunidades de Porto Alegre estiveram reunidos, nesta quarta-feira (30/01), na segunda edição do Mutirão da Cidadania, evento quinzenal promovido pela Câmara Municipal. Demandas nas áreas de saúde, educação e redes de esgoto pautaram o encontro, que foi presidido pelo vereador Dr. Thiago Duarte (PDT).
    Em nome dos moradores do Belém Velho, Patrícia D’Avila Pereira pediu ajuda para que o poder público reveja a estratégia de saúde na região. “A proposta da prefeitura é retirar os médicos especialistas da Unidade Básica de Saúde (UBS) e deixar apenas um clínico geral”, critica Patrícia, que reclama da falta de diálogo da Secretaria Municipal de Saúde com a comunidade. Atualmente há quatro especialistas clinicando no UBS (ginecologista, pediatra, dentista e psiquiatra) e a mudança estaria ocorrendo em virtude da implementação do Programa de Saúde da Família (PSF).
    Os entraves para a construção de uma escola que atenda a região do Loteamento do Bosque, Barcelona e arredores foi outra demanda trazida à plenária. Liderança da comunidade, Rosane de Oliveira Buffato explica que a escola foi uma conquista do Orçamento Participativo, ainda em 2002, e que nada foi feito até que, em 2012, quando houve a liberação de verba  para executá-la, o terreno público destinado à obra foi ocupado e transformado em um loteamento irregular.
    Outra obra com verba liberada não consegue sair do papel e atrapalha a vida de 30 famílias da Capital. “A cada chuva nossas casas são invadidas por água e esgoto, com alagamentos rápidos e que chegam a meio metro”. Com este relato, Maria Gesci, moradora do Jardim Carvalho, explica a situação difícil dos que convivem com este problema crônico nos últimos dois anos. A galeria pluvial, explica Gesci, não consegue escoar toda água oriunda da região, especialmente com a construção de um empreendimento privado que ampliou muito o número de residências no local. Os moradores já têm, inclusive, uma sentença judicial exigindo do poder público a ampliação da rede. “O orçamento de R$ 2 milhões já foi aprovado pela Câmara e está no Orçamento de 2013”, destaca a moradora.
    Demandas encaminhadas
    A primeira edição do Mutirão da Cidadania já trouxe resultados concretos, como a reivindicação dos moradores do Beco da Vitória para a desobstrução da rede de esgoto no local. “Depois da reunião, entramos em contato com o Dmae, explicamos a demanda dos moradores e sensibilizamos o Executivo quanto aos problemas que eles estavam passando, o que resultou na ação imediata do departamento”, explica Dr. Thiago (PDT).
    Além disso, os problemas da Unidade Básica de Saúde do Lami, que sofre com a falta de médicos e de estrutura, também foi levado ao Executivo, em reunião que envolveu representantes do local, vereadores e o prefeito em exercício à época, Sebastião Melo, que assumiu o compromisso de sanar os problemas. “O objetivo do Mutirão é justamente levar adiante demandas que estão paradas, muitas vezes, por burocracia ou falta de compreensão quanto ao tamanho do problema pelos agentes públicos”, conclui Dr. Thiago (PDT).
    Mutirão da Cidadania

    O Mutirão da Cidadania é uma iniciativa da mesa Diretora da Casa. As plenárias são realizadas quinzenalmente, sempre às quartas-feiras, a partir das 9 horas, no Auditório Ana Terra. Em cada plenária, representantes de oito a dez comunidades podem participar, mediante agendamento prévio.

    Em cada reunião, haverá a presença de ao menos um integrante das comissões permanentes da Câmara. As demandas apresentadas pelas comunidades podem gerar Pedidos de Providência (PP) ou Pedidos de Informações (PI) a serem encaminhados ao Executivo municipal pelos vereadores, ou mesmo pautas a serem tratadas pelas seis comissões da Casa.

    Texto:  Gustavo Ferenci (reg. prof. 14.303)
    Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

    Cuba assume presidência temporária de bloco de integração Celac


    Cuba assume presidência temporária de bloco de integração CelacCuba assumiu ontem  a presidência temporária da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), bloco integracionista que encerra nesta capital sua primeira cúpula após sua fundação em dezembro de 2011.
    A ilha caribenha durante 2013 dirigirá a entidade criada em Caracas, Venezuela, pelos 33 países independentes de uma região que buscará avançar pelos caminhos da integração e da concórdia.
    Esses esforços serão conduzidos por uma Troica na qual além de Cuba trabalharão Costa Rica e Chile, nação que encerra hoje seu mandato na presidência.
    Reunidos no segundo e último dia de sessões da I Cúpula da Celac, que está sendo realizada no centro de eventos Espaço Riesco, os presidentes aprovarão a declaração final do encontro e um Plano de Ação.
    Esses documentos agrupam as prioridades da organização em temas como levar uma voz única aos fóruns internacionais, o desenvolvimento sustentável, a harmonia com o meio ambiente, as soluções à crise econômica e o combate aos flagelos da pobreza e o narcotráfico.
    Havana estará encarregada de executar durante 2013 as atividades acordadas aqui pelos chefes de Estado e Governo.
    Para o líder da Revolução cubana, Fidel Castro, o nascimento da Celac é o acontecimento institucional mais importante da região em um século.
    Por sua vez, o presidente Raúl Castro qualificou o mandato na presidência desta entidade regional como uma grande responsabilidade.
    “Este fato representa, além de uma alta honra, uma grande responsabilidade à qual consagraremos os maiores esforços e energias”, afirmou no mês passado ao encerrar a VII Sessão do Parlamento da ilha.
    Há apenas alguns uns dias, o vice-chanceler Abelardo Moreno adiantou à Prensa Latina em um encontro com jornalistas que a gestão de Cuba à frente da Celac impulsionará a integração, o acordo e a consolidação da paz regional.
    Segundo Moreno explicou, também potencializará a coordenação no marco do bloco dos mecanismos já existentes, como a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA), a Unasul, a Caricom, o Mercosul, o Sistema de Integração Centro-americano e a Comunidade Andina.
    Outra linha de trabalho será “introduzir o conceito da solidariedade na cooperação entre nossos países”, disse.
    Moreno adiantou a celebração neste ano de vários encontros, entre eles a I Reunião de ministros da Educação da Celac, em fevereiro em Havana, e um evento dos titulares de Cultura, no Suriname.
    Durante o curso de 2013 serão celebrados outros sobre drogas, infraestrutura e a busca de uma nova arquitetura financeira regional, expôs.
    Fonte: CubaDebate

    Após mortes, França suspende venda da pílula Diane 35 Mortes e casos de trombose foram associados ao medicamento, usado como anticoncepcional


    Pílulas Diane 35
    Pílulas Diane 35
    São Paulo – Após avaliar casos de morte e trombose associados ao medicamento Diane 35, da Bayer, a França decidiu nesta quarta-feira pela suspensão do medicamento e genéricos. Outras pílulas não entram na decisão.
    Segundo a Agência Nacional de Segurança dos Medicamentos e dos Produtos de Saúde (ANSM), da França, o medicamento foi elaborado para tratamento da acne e não deveria ser usado como anticoncepcional. Essa prática é bastante comum inclusive no Brasil, onde a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que está "acompanhando o caso".
    A ANSM avisou que a suspensão não é automática e começa a valer dentro de três meses.
    Como orientação, a agência informa que quem usa o medicamento ou genéricos não deve interromper o tratamento de repente, mas buscar orientação com seu médico para avaliar individualmente cada situação.
    Para os médicos, a recomendação é que não prescrevam nenhum tratamento com a pílula, mesmo antes de sair das prateleiras.
    Já para as farmácias, a agência pede que a venda seja controlada antes da interrupção e que se venda medicamento suficiente apenas para mais um mês de tratamento, apenas para evitar interrupção brusca.

    Em encontro com Dilma, prefeito de Porto Alegre assegura apoio a Santa Maria


    Segunda-feira, 28 de janeiro de 2013 às 18:14

    Presidenta Dilma Rousseff recebe o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, no Palácio do Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
    Em encontro na tarde desta segunda-feira (28), no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff pediu ao prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, que seja dado todo o suporte ao município de Santa Maria. O prefeito colocou à disposição a estrutura do município no apoio às vítimas do incêndio que ocorreu em Santa Maria no último domingo (27).
    Médicos e outros profissionais de Porto Alegre estão trabalhando desde ontem no atendimento às vítimas. Além disso, também foram disponibilizados leitos para atendimento a vítimas em estado grave. Segundo José Fortunati, já foram transferidos 51 pacientes para unidades de referência em atendimento a queimados na capital gaúcha.
    Além do atendimento hospitalar e dos profissionais que foram enviados a Santa Maria, José Fortunati assegurou que foi criada uma casa de convivência para os familiares das vítimas transferidas para Porto Alegre. No local, estão disponíveis serviços como apoio de psicólogos e assistentes sociais. “Queremos que as pessoas possam enfrentar esse momento tão difícil de uma maneira menos sofrida”.

    - Maior preocupação com as mulheres militares não é o fogo inimigo, e sim abusos sexuais, por Gail Collins



    (O Estado de S. Paulo) As mulheres nas Forças Armadas dos EUA terão de servir em combate. E não era sem tempo. "Acredito que as pessoas chegaram à conclusão sensata de que não se pode dizer que a vida de uma mulher é mais valiosa do que a vida de um homem", disse-me certa vez a general da reserva da Força Aérea Wilma Vaught.
    Desde quando a recomendação tornou-se pública, na quarta-feira, exceto por críticas da Concerned Women for America ("nossas forças militares não podem continuar preferindo a experimentação social e correção política, em lugar de preparar-se para o combate"), a recepção parece em geral positiva.
    É difícil lembrar - tantas partes da história recente parecem difíceis de lembrar hoje em dia -, mas foi o espectro de mulheres sob fogo que, mais do que qualquer outra coisa, ajudou a esmagar o movimento por uma Emenda de Direitos Iguais à Constituição dos EUA nos anos 70. "Nós dizíamos que esperávamos que ninguém entrasse em combate, mas, se entrasse, as mulheres deveriam estar lá também", recordou a feminista Gloria Steinem.
    O medo de pôr mulheres nas trincheiras dispersou-se em dois fronts. Um, é claro, foi a mudança do modo como o público americano pensa sobre as mulheres. O outro foi a escassez de trincheiras na guerra moderna, quando um oficial nas linhas de frente não está necessariamente numa posição mais perigosa que um trabalhador de apoio.
    Shoshana Johnson, uma cozinheira, foi baleada nos dois tornozelos, capturada e mantida em cativeiro por 22 dias após sua unidade ser separada de um comboio que cruzava o deserto iraquiano. Lori Piestewa, como Johnson uma mãe solteira, estava guiando no mesmo comboio repleto de funcionários e trabalhadores de manutenção. Ela estava conduzindo habilidosamente seu Humvee em meio ao fogo de morteiros quando um caminhão imediatamente à sua frente deu uma guinada e a roda dianteira do seu veículo foi atingida por um foguete. Ela morreu no acidente que ocorreu logo em seguida.
    A maior preocupação de segurança para mulheres nas forças militares não é realmente tanto o fogo inimigo, mas sim abusos sexuais de colegas. Como o crime é bem pouco denunciado, é impossível dizer quantas mulheres sofrem ataques sexuais quando estão de uniforme, mas 3.192 casos foram registrados em 2011. Permitir que mulheres recebam os benefícios de servir em postos de combate não agravará essa ameaça. Aliás, poderá melhorar as coisas, pois significará mais mulheres nos altos escalões das Forças Armadas e isso, inevitavelmente, levará mais atenção às questões femininas.
    A ideia dos militares sobre o que constitui um posto de combate tem mais a ver com burocracia do que com balas. Hoje, as mulheres estão em patrulhas armadas e aviões de caça. Mas não podem ocupar aproximadamente 200 mil postos oficialmente denominados "de combate", que com frequência trazem melhor remuneração e são o trampolim para promoções. O sistema é complicado. Mas os cínicos poderiam especular se algumas altas patentes militares não temem mais a mobilidade hierárquica das mulheres do que o perigo no front.
    "Só temos uma mulher que é general quatro estrelas", disse a senadora Kirsten Gillibrand, de Nova York, membro da Comissão das Forças Armadas do Senado, que elogiou a nova recomendação do Estado-Maior. Foi "um grande passo adiante para nossos militares", disse ela, e um passo que não era de fato esperado. Só recentemente, recordou Gillibrand, ela e seus aliados declararam vitória quando meramente conseguiram uma fraseologia na lei de autorização de defesa requerendo que o Departamento de Defesa estudasse a questão de mulheres em combate.
    As mulheres constituem hoje quase 15% dos militares americanos e sua disposição de servir tornou possível a mudança para um Exército só de voluntários. Elas assumiram seus postos com tanta tranquilidade que o país mal tomou conhecimento. O espectro que adversários julgavam impensável - nossas irmãs e mães morrendo sob fogo em terras estrangeiras - já aconteceu muitas vezes. Mais de 130 mulheres morreram e mais de 800 foram feridas no Iraque e no Afeganistão. A Câmara dos Deputados tem uma mulher duplamente amputada, a recém-eleita Tammy Duckworth, de Illinois, uma ex-piloto militar que perdeu as duas pernas quando seu helicóptero foi abatido no Iraque.

    - Governo de SC determina divulgação do Ligue 180 em estabelecimentos comerciais

    (Secretaria de Política para as Mulheres) O governo de Santa Catarina sancionou a Lei nº 15.974, de 14 de janeiro de 2013, que estabelece a obrigatoriedade da divulgação da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), em estabelecimentos de alimentação, hospedagem, recreação, de festas, desportivos, entre outros, em todo o estado. O projeto de lei - proposto pela deputada estadual Dirce Heiderscheidt (PMDB- SC) - foi sancionado pelo governador João Raimundo Colombo (PSD-SC).

    Em maio de 2012, o Distrito Federal tornou-se a primeira unidade federativa do país a exigir a divulgação da mensagem “Violência contra a mulher: denuncie! Disque 180” em estabelecimentos públicos. Sancionada pelo governador Agnelo Queiroz (PT-DF), a Lei nº 4.843, de 25 de maio de 2012, de autoria do deputado distrital Washington Mesquita (PSD-DF) estabelece como locais de divulgação: hotéis, motéis, pousadas, bares, restaurantes, lanchonetes e similares, casas noturnas de qualquer natureza, clubes sociais e associações recreativas ou desportivas, agências de viagens e locais de transportes de massa, postos de gasolina, salões de beleza, casas de massagem, saunas, academias de dança, de fisiculturismo, de ginástica, entre outros.
    Para a ministra Eleonora Menicucci, da SPM, Santa Catarina agrega à prática inovadora adotada pelo Distrito Federal ao estabelecer penalização no descumprimento da lei de estímulo à denúncia e busca por informações nos casos de violência de gênero. “Os governadores Agnelo Queiroz e João Colombo, ao sancionar as leis em suas unidades federativas, geram exemplos positivos para o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. Ressalto o trabalho dos parlamentares que propuseram as leis, pois se somam aos esforços dos Executivos federal e estaduais de enfrentar a violência”, considera a ministra das Mulheres.
    De acordo com a Lei catarinense a divulgação do Ligue 180 é obrigatória nos seguintes estabelecimentos: hotéis, motéis, pensões, pousadas e outros que prestem serviços de hospedagem, bares, restaurantes, lanchonetes e similares, casas noturnas de qualquer natureza, clubes sociais e associações recreativas ou desportivas, cujo quadro de associados seja de livre acesso ou promovam eventos com entrada paga, agências de viagens e locais de transportes de massa, salões de beleza, casas de massagem, saunas, academias de dança, de fisiculturismo, de ginástica e atividades correlatas, outros estabelecimentos comerciais que ofereçam serviços mediante pagamento e voltados ao mercado ou ao culto da estética pessoal, postos de serviço de abastecimento de veículos e demais locais de acesso público que se localizem junto às rodovias.
    Esses estabelecimentos deverão afixar placas contendo o seguinte texto: “Violência contra a mulher: denuncie! Ligue 180”. As placas deverão ser afixadas em locais que permitam aos usuários dos locais a sua fácil visualização. Elas, ainda, deverão ser confeccionadas no formato A3 (297 mm de largura e 420 mm de altura), com texto impresso com letras proporcionais às dimensões da placa.
    Proprietários e proprietárias que descumprirem a lei estarão sujeitos à multa de R$ 500,00 por infração, dobrada a cada reincidência até a terceira, a qual será reajustada, anualmente, com base na variação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM/FGV), e suspensão do alvará de funcionamento do estabelecimento até a sua regularização, após a terceira reincidência.
    Recursos - Os recursos oriundos da arrecadação das multas serão recolhidos em favor da Unidade Orçamentária 04091 - Fundo para Reconstituição de Bens Lesados, vinculado ao Ministério Público do Estado. Os estabelecimentos terão o prazo de 90 dias, a contar da sua regulamentação, para se adaptarem ao estabelecido na Lei.

    Mais de duas mil mulheres por dia registram queixa contra violência doméstica no Brasil.



    (Jornal Hoje) Diariamente, mais de duas mil mulheres registram queixa no Brasil contra a violência de seus maridos, namorados e companheiros. Em mais da metade dos casos, elas sofrem tentativa de homicídio. Só no primeiro semestre de 2012, o Disque Denúncia do Governo Federal prestou quase 390 mil atendimentos, quase 100 mil a mais do que no ano anterior.
    Esse número pode ser bem maior, já que muitas vítimas não denunciam os agressores. As causas dos espancamentos são variadas e muitas vezes fúteis, mas predomina o ciúme e a não aceitação do fim do relacionamento.
    Foi por não aceitar o término, que um motorista manteve a ex-mulher refém por quatro dias, na casa dela, em São Paulo. Na madrugada da última quarta-feira (23), quando os policiais invadiram o local, ele a matou a facadas.
    Outro caso, também em São Paulo, foi registrado por uma câmera de segurança. Um homem atirou contra a ex-companheira, que foi atingida por vários tiros e morreu. Apesar da confissão do crime e de ter passagens pela polícia, o assassino vai responder em liberdade.
    A empresária Luciana Silva sofreu com a violência do marido e, mesmo depois da separação, continuou sofrendo ameaças. "Eu casei com um príncipe que se tornou um sapo. Ele era um ‘gentleman’, ele seduziu a mim, a minha família, os meus amigos e foi se transformando em uma pessoa agressiva, agressiva com palavras, humilhações e chegou ao ponto de eu sair de casa escoltada pela polícia”, relata.
    A empresária registrou 10 boletins de ocorrência contra o ex-marido. Na última terça-feira (22), ele foi preso em regime domiciliar. Mesmo com ele detido, Luciana afirma não ter perdido o medo.
    Nem mesmo dentro de um hospital, em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, uma mulher ficou protegida. O ex-marido de Fernanda, Rodrigo Moreira, disparou cinco vezes contra ela, que foi atingida na cabeça, mas sobreviveu. Ele foi preso.
    A violência contra as mulheres acontece em todo o país. Em Maceió, só em janeiro deste ano já são 274 casos registrados. O problema é que a maioria desiste de levar o processo adiante. “Elas chegam dizendo que não querem ofender seus maridos, não querem prejudicá-los por questão de emprego, por conta de pedido dos filhos. Elas alegam vários pedidos para renunciar", afirma Paulo Zacarias, juiz de violência doméstica e familiar contra a mulher.

    terça-feira, 29 de janeiro de 2013

    Brasil e UE querem destravar acordo de comércio entre Mercosul e europeus

    25.01.2013 | Mundo

    Dilma Rousseff e os presidentes da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e do Conselho Europeu, Herman van Rompuy

    Negociações entre os dois blocos se arrastam há anos e têm como principal nó a exigência sul-americana de mais acesso ao mercado agrícola europeu. Dilma muda discurso e diz que o pior da crise do euro já passou.
    O Brasil e a União Europeia (UE) se comprometeram nesta quinta-feira (24/01) a destravar as lentas negociações para um acordo de livre comércio entre o Mercosul e o bloco europeu.
    O compromisso foi acertado durante encontro, em Brasília, entre a presidente Dilma Rousseff e os presidentes da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e do Conselho Europeu, Herman van Rompuy. Eles participaram da 6ª Cúpula Brasil-União Europeia.
    As negociações serão um dos temas a serem tratados também durante a cúpula da UE e da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) neste fim de semana em Santiago, no Chile.
    Dilma, Barroso e Van Rompuy destacaram ainda a criação de uma comissão para avaliar o potencial das relações entre Brasil e UE e estudar maneiras de incentivar investimentos bilaterais. Durante discurso, a presidente brasileira afirmou que a "percepção geral" é de que a pior parte da crise europeia "já ficou para trás".
    Negociações emperradas
    As negociações entre Mercosul e UE começaram em 1999. Cinco anos mais tarde, as conversas foram suspensas por conta, entre outros motivos, do atrito causado pelo pedido sul-americano de mais acesso ao mercado de produtos agrícolas da UE. Desde 2010 foram realizados vários encontros, mas sem resultados.
    "O ponto mais importante foi hoje, pois reforçamos nossos esforços para chegar a um acordo de associação que seja abrangente, equilibrado e ambicioso", afirmou Barroso. Van Rompuy também reforçou a necessidade de uma "rápida conclusão" do acordo, ressaltando que a Europa vive uma intensa luta contra o desemprego.
    Os investimentos bilaterais sofreram um abalo no ano passado. Os europeus aplicaram 28% menos recursos no Brasil em 2012 com relação ao ano anterior. A queda foi ainda mais acentuada quando se trata dos investimentos brasileiros no bloco europeu: 63%. Houve ainda uma redução de 7% no volume de exportações brasileiras à UE. Já a Europa exportou 3,5% a mais para o Brasil no ano passado.
    Na quarta-feira, Barroso participou de um encontro com empresários brasileiros na Confederação Nacional da Indústria (CNI). Representantes do setor produtivo ressaltaram que o Brasil precisa se empenhar em fechar acordos comerciais significativos com os europeus para não perder o mercado para outros países emergentes.
    Acordo na área agropecuária
    Brasil e União Europeia também vão constituir um grupo de trabalho para intercâmbio regular de informações e cooperação técnica para o "bem-estar" de animais de produção – que trata dos cuidados que devem ser tomados com os animais, desde o nascimento até o momento do abate. O acordo também foi assinado nesta quinta.
    Segundo o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Célio Porto, o Brasil tem "duas pendências" com a UE em relação às exportações de carne bovina. A primeira refere-se à exigência de certificação individual de propriedades, a qual não é cobrada de outros países. Com isso, o número de propriedades credenciadas para exportar carne bovina para os países europeus caiu de 12 mil para cerca de 3 mil.
    Outra questão a ser resolvida está relacionada à cota de exportação de cortes nobres. Devido à exigência de que o gado seja alimentado apenas por pastagem, o Brasil não consegue atingir nem 10% dessa cota.
    MSB/dpa/abr/lusa/afp
    Revisão: Alexandre Schossler