segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Pesquisa contribui para desconstruir discurso de que os estereótipos estão superados, avalia a pesquisadora Bia Barbosa




fotobiabarboza 250x190(Luciana Araújo/Agência Patrícia Galvão) Integrante do conselho diretor do Intervozes: Coletivo Brasil de Comunicação Social - organização que atua para efetivar o direito humano à comunicação - a jornalista Bia Barbosa falou à Agência Patrícia Galvão sobre a pesquisa Representações das mulheres nas propagandas na TV. Bia, também do conselho deliberativo do Instituto e mestra em gestão e políticas públicas pela FGV, destaca que o papel formador de opinião exercido pela televisão como um todo na sociedade brasileira, mas também pela publicidade, torna mais importante o debate sobre regulação e autorregulação de conteúdos.
Na sua opinião, como esta pesquisa pode contribuir para o debate sobre a necessidade de uma política de regulação e autorregulação da mídia?
A realização em si da pesquisa, independente dos resultados que ela apresenta, é fundamental para esse debate sobre a regulação da publicidade no Brasil e, de forma mais ampla, sobre a imagem da mulher na mídia. Porque uma coisa é fazer esse debate com base na percepção de uma parcela da sociedade civil organizada que defende mais diversidade e pluralidade na mídia e enxerga violações dos direitos das mulheres na forma como são representadas na publicidade, no jornalismo, nas novelas e humorísticos. Outra coisa é ter dados concretos do conjunto da população brasileira sobre como as mulheres se vêem e entrando em detalhes e recortes bem específicos.
Olhando para os resultados, e acho que nesse sentido é possível fazer um paralelo com a pesquisa divulgada recentemente pela Fundação Perseu Abramo sobre o conjunto do conteúdo da televisão brasileira, penso que ela confirma a percepção que alguns setores tinham e que sem um estudo como esse a gente não saberia nunca em que medida esse entendimento reverbera.
Outro elemento super importante para a discussão é que os dados mostram sempre uma maioria, incluindo os homens, percebendo que a publicidade mostra a mulher como objeto. Isso contribui para desconstruir um mito muito presente no discurso dos grandes meios de comunicação de que essa é uma visão isolada, minoritária, que as mulheres brasileira já superaram todo o debate sobre estereótipos ou que não existe machismo na sociedade brasileira.
A pesquisa também aponta dados que mostram aspectos considerados bem aceitos. Isso pode ser lido também como resultado de uma evolução na produção do mercado publicitário derivada do debate travado pelo movimento de mulheres?
Sim. Nos aspectos relacionados à composição socioeconômica você vê com mínimas diferenças o desejo das pessoas, como elas acham que a propaganda deveria ser, e o que elas entendem que é a realidade. Quando passamos às questões mais relacionadas à estética, essa proporção não se repete. Então, acho que isso mostra uma evolução. Se a gente fizesse essa pesquisa na década passada talvez esses percentuais da realidade não se repetissem tanto na publicidade, e tivéssemos mais gente querendo ver mulheres ricas, loiras, magras e bem sucedidas. E acho que isso deve ser reforçado e trabalhado inclusive com as agências para mostrar que eles não estão percebendo que tem um público que não está sendo representado e que isso pode resultar em perda de receita.
Mas acho que os dados também mostram desafios que a gente ainda tem que enfrentar, como por exemplo o debate sobre o padrão de beleza. Porque quando se diz que as pessoas querem ver mulheres bonitas na televisão também tem um debate sobre o que é bonito, porque já se está valorando que o magro é bonito e o gordo é feio, que o cabelo liso é bonito e o cacheado não necessariamente.
Você avalia que os dados surpreendem?
Sim, principalmente com alguns posicionamentos dos homens, que eu achava que pudessem ser mais conservadoras em alguns aspectos. Mas me surpreendi positivamente, porque os resultados mostram que tem um campo enorme a ser trabalhado para avançar no debate sobre a regulação da publicidade no Brasil, que tem uma perspectiva da autorregulação e outra, da regulação, que precisa acontecer. Até comparando com outros países e sociedades em que o debate sobre os meios de comunicação é mais presente no cotidiano das pessoas, a publicidade em grande parte deles é tratada com mecanismos de autorregulação, mas também de co-regulação, com órgãos independentes do Estado que fazem a regulação, mas se esses órgãos falham o Estado atua. No Brasil a gente só tem a autorregulação, e há inúmeras críticas em relação ao funcionamento dele.
E o que seria possível e necessário fazer para mudar essa realidade sem incorrer em nenhuma forma de censura?
Primeiro é importante deixar claro que a censura é uma avaliação prévia de um conteúdo para definir a pertinência ou não deste conteúdo ser veiculado. No Brasil, o debate sobre a regulação da publicidade da imagem da mulher nunca pautou a questão de avaliação prévia de conteúdos. O que se defende é que haja mecanismos de regulação a posteriori para que, sendo verificada a violação de direitos - seja pela mercantilização do corpo, da coisificação, do reforço dos esterótipos de gênero ou dos lugares que a sociedade designa para homens e mulheres -, você possa responsabilizar os veículos e anunciantes.
Em vários países a publicidade é veiculada e, sendo identificado um problema, há uma rápida resposta dos mecanismos de autorregulação, diferente do que acontece no Brasil, onde o Conar às vezes vai avaliar a campanha depois que ela já saiu do ar. Em outros países há uma avaliação célere dos órgãos de autorregulação e um posicionamento destes se a campanha publicitária deve continuar no ar ou não. E o Estado - por meio de agências reguladoras ou autoridades de regulação, na maior parte dos casos independentes dos governos - avalia essa decisão do órgão de autorregulação. E se não concordar com ela, tem o poder para eventualmente tirar uma campanha do ar ou responsabilizar o veículo por um dado conteúdo divulgado.
Se conseguíssemos caminhar para algo nesses moldes no Brasil, com todas as nossas peculiaridades, seria um grande avanço. E acho que a importância de fazer esse debate considerando exemplos de outros países não é para copiar modelos, mas para desconstruir esse discurso de que qualquer tipo de regulação de conteúdo vai necessariamente levar à censura ou ao cerceamento da liberdade de expressão. Olhar para o que acontece em outros países, especialmente aqueles de democracias mais avançadas e consolidadas que a nossa, mostra que há caminhos possíveis e garantidores da liberdade de expressão e de criatividade, da liberdade artística que é necessária nessa área e precisa ser defendida. Mas, havendo violação de direitos, que asseguram também que isso não fique impune ou não seja relativizado, naturalizado, como acontece muitas vezes aqui no Brasil.
Essa discussão sobre a não naturalização tem muito a ver com a repercussão disso na vida social. Gostaria que você falasse mais a esse respeito, sobre como as propagandas hoje difundidas podem reforçar estereótipos.
Penso que a televisão e a publicidade não criam preconceitos ou estereótipos, mas legitimam os preconceitos e estereótipos que existem na sociedade. E então ela retroalimenta esse processo e acaba formando as novas gerações com esse mesmo tipo de estereótipos e preconceitos. Nós vivemos numa machista, racista, que tem preconceito de classe, que valora o individualismo, o consumismo e o poder econômico. Ao reforçar esses padrões, e isso acontece muito na publicidade, especialmente com o uso da imagem da mulher, se está legitimando um lugar social, uma forma como a mulher é tratada, a violência que ela sofre do companheiro ou de algum membro da família.
O impacto que a publicidade tem, assim como outros conteúdos da televisão, legitima para as gerações adultas o preconceito e a discriminação que existem na sociedade e contribui para esses preconceitos se perpetuem nas novas gerações. Porque ninguém nasce racista ou machista, isso se ensina em algum momento da vida. E a televisão tem um papel de formação de opinião e valores na sociedade em geral, e em particular na brasileira, que passa muito tempo em frente à TV. Daí a necessidade da gente pensar na questão da regulação e no papel do Estado de não silenciar diante desse impacto.

domingo, 27 de outubro de 2013

Filho sem pai, não!


Projeto de lei prevê que a mãe possa registrar o filho dando o nome do pai, sem a concordância dele, na certidão de nascimento do nascituro



Mais um avanço na questão da igualdade de gênero no Brasil: a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou por unanimidade um projeto de lei da Câmara dos Deputados (PLC 16/2013), que prevê que a mãe poderá registrar sozinha o recém-nascido e indicar o pai, mesmo sem comprovação por teste de DNA. Isso significa que, se sancionada a lei, a mãe passa a ter o mesmo direito do pai. O relator do projeto, senador Humberto Costa (PT-PE), acredita que as novas regras reduzirão o número de certidões sem o nome do pai.
Atualmente, a prioridade do registro é do pai; a mãe é a segunda opção. Além disso, ela só pode registrar a criança com o nome do pai se apresentar a certidão de nascimento dele ou uma procuração. “A regra vigente cria obstáculo para que a mãe promova o registro logo nos primeiros dias de vida da criança ao reservar primeiramente ao pai a obrigação”, diz a senadora Ângela Portela (PT-RR). O relator do projeto na CCJ explica ainda que essa é uma proposta “que procura promover a cidadania do recém-nascido e eliminar a discriminação contra a figura da mulher, da mãe, especificamente”.
Com a mudança, o registro poderá ser feito pelo pai ou pela mãe no prazo de até 15 dias. No caso de impedimento de um dos dois, o outro terá mais 45 dias para providenciar o documento. No entanto, o Projeto de Lei causou controvérsias. “A gente não pode ser inconsequente de permitir que uma simples afirmação se transforme em uma paternidade. Acho que tem que ter uma investigação”, afirma o advogado Frederico Viegas, especialista em direito da família. Mas segundo Humberto Costa, casos de má-fé serão tratados com rigor. “A declaração de que alguém é pai sem que isso corresponda à realidade representa uma falsidade ideológica. E isso é punido com as penas da lei”, declara.

Grupos e redes sociais ajudam a combater assédio sexual nas ruas

Presente em 25 países, Hollaback se destaca em ações digitais


Em quase todo o mundo, mesmo nos lugares mais exóticos, a vida de rua é serena e administrável. Mas, às vezes, as mulheres veem ruas muito diferentes das que são vistas pelos homens.

Nos últimos anos, surgiram histórias horríveis de ataques sexuais violentos a mulheres em viagem. As agressões físicas são o ponto extremo, mas a escala abarca diversos graus de agressão, como toques indevidos e ataques verbais.

Redes sociais estão cooperando cada vez mais para divulgar essas histórias e encorajar uma ação organizada contra o assédio nas ruas.

"Mudei-me para Nova York aos 18, e ser assediada na rua era parte da vida cotidiana de uma mulher jovem", diz Emily May, cofundadora de um dos mais ativos grupos que combatem o assédio nas ruas, o Hollaback (hollaback.org).

"Sabia que aquilo não era aceitável, mas pensava que era algo que uma mulher tinha de aceitar se desejasse viver em uma grande cidade. Mas minhas amigas e eu começamos a conversar com amigos homens que ficaram chocados ao ouvir nossas histórias. Um dos rapazes me olhou e disse que nós vivíamos em uma Nova York diferente da deles."

Em 2005, com 24 anos, May e seis amigos (três homens) criaram o Hollaback, que atua com destaque na reação digital ao assédio. O grupo tem afiliados em 62 cidades de 25 países e opera em 12 idiomas.

May diz que o Hollaback instrui os militantes a combinarem "narrativa e ação prática" em seu trabalho.

Ela diz que Egito e Índia são dois dos principais polos da ação organizada.

No Egito, o grupo HarassMap, com site em árabe e inglês, acompanha em tempo real os relatos sobre agressões, feitas anonimamente.

No ano passado, o país adotou leis severas contra o assédio sexual, mas em geral as leis não são aplicadas, segundo a HarassMap. E em muitos casos a culpa é atribuída à vítima.

"Na Índia, o assédio nas ruas é uma realidade cotidiana para as mulheres", diz Rubina Singh, diretora da Hollaback em Chandigarh.

"Comentários, olhares, perseguição, toques e muito mais são uma experiência que toda mulher que viaje para cá deve estar preparada para enfrentar".

Devido a relatos pela internet e a esforços de redes de ação social, a polícia parece estar tomando mais conhecimento do assédio às mulheres nas ruas, ela diz.

"Também houve uma mudança na atitude geral do público", acrescentou Singh. "Agora é mais fácil falar sobre o assédio nas ruas do que era um ano atrás".

Ela diz que o assédio ocorre mesmo em lugares onde não existe uma vida de rua muito movimentada. "Em uma visita a Los Angeles, recebi minha cota de comentários e de exclamações provocantes", recorda.

May diz usar o Skype e o Google Hangouts para coordenar as ações.

"Ontem mesmo falei com nosso pessoal na Croácia. Eles souberam da campanha da nossa equipe em Baltimore para treinar funcionários de bares sobre como reagir quando virem um assédio em curso. E o pessoal da Croácia disse que os mesmos problemas acontecem por lá".



Fonte: Folha de São Paulo

domingo, 20 de outubro de 2013

Domingo, 20 de outubro de 2013 às 12:07 Folha publica esclarecimento sobre empreendimento do Minha Casa, Minha Vida

Domingo, 20 de outubro de 2013 às 12:07

Na edição deste domingo (20), a ombudsman do jornal Folha de São Paulo publicou esclarecimentos a respeito de reportagem sobre o empreendimento residencial do Minha Casa, Minha Vida em Vitória da Conquista (BA). Na matéria, publicada na última quarta-feira (16), o veículo afirmava que as casas seriam entregues pela presidenta Dilma Rousseff sem energia e sem água.

A ombudsman citou o esclarecimento que já havia sido enviado anteriormente pelo Ministério das Cidades, informando que as as casas foram entregues com instalações elétricas e hidráulicas e que cabia ao beneficiário do programa solicitar a ligação dos serviços às concessionária de energia e de água no estado.

Confira a íntegra da coluna:

“A Folha acusou a presidente Dilma de entregar casas sem água nem luz no interior da Bahia. O jornal mostrou, na quarta-feira, que parte das moradias inauguradas em Vitória da Conquista, no programa Minha Casa Minha Vida, estavam no escuro e a seco. Os moradores usavam velas à noite e enchiam baldes nas casas dos vizinhos.

Bastava ler o “outro lado” para concluir que a acusação não fazia sentido. O Ministério das Cidades explicou que as casas foram entregues com instalações elétricas e hidráulicas e que cabia ao beneficiário do programa pedir a ligação dos serviços às empresas de distribuição do Estado.

Acontece o mesmo com quem compra um imóvel sem ajuda federal: é a pessoa que, depois de receber as chaves, aciona o fornecimento de água, luz, gás, telefone.

Os casos relatados indicavam que nem havia um problema exagerado de demora na entrega desses serviços. Apenas uma dona de casa esperava a instalação de luz havia oito dias, três a mais que o prazo dado pela companhia elétrica.

Diante das explicações dadas pelo governo e pelas concessionárias de serviços estaduais, o jornal deveria ter derrubado a reportagem. Não adianta registrar burocraticamente o “outro lado”, como prega o “Manual da Redação”, mas insistir numa acusação vazia.

A Redação não concorda. “A informação de que as casas foram entregues sem água nem luz é relevante por mostrar a pressa com que o governo tem organizado essas inaugurações, por motivos obviamente eleitorais. O objetivo da reportagem era mostrar isso e não culpar a presidente pela falta de água e luz”, diz a editoria Poder.

Se era assim, por que o título dizia “Dilma multiplica viagens e entrega casas sem água e luz”? Em plena campanha (alguém duvida que já começou?), é preciso ser mais rigoroso com as denúncias envolvendo qualquer um dos candidatos. Do contrário, o jornal estará apenas fornecendo matéria-prima para os programas eleitorais de 2014.”

sábado, 19 de outubro de 2013

CARAVANA DISTRIBUINDO informações da Lei Maria da Penha.

Neste sábado, a secretária da SPM/RS, Ariane Leitão acompanhou a Caravana do RS Mais Igual, programa coordenado pela Casa Civil, que após percorrer alguns municípios do Estado, chegou a Porto Alegre. Na cerimônia realizada para as famílias da região Glória-Cruzeiro-Crtistal, o Governador Tarso Genro e o secretário da Casa Civil, Carlos Pestana, anunciaram que o programa vai garantir uma renda mensal de R$ 100 per capita para 18 mil famílias que vivem em situação de extrema pobreza em Porto Alegre. Na ocasião, as famílias de Natália dos Santos e de Magnos Petter fizeram a devolução simbólica dos cartões do Bolsa Família. A iniciativa aconteceu após as famílias conquistarem sua autonomia econômica, garantida pela renda recebida pelo Bolsa Família e RS Mais Igual, e ainda com a assistência técnica disponibilizada pelo Governo. Assim, a trabalhadora e o trabalhador da agricultura familiar, não produzem para sua subsistência e também comercializam o excedente.
Durante a Caravana na Capital, a Secretaria Políticas Mulheres esteve distribuindo informações sobre a Lei Maria da Penha, prevenção do câncer de mama, dentro das ações do Outubro Rosa e também realizando a inscrição de mulheres interessadas em obter capacitação na área de construção civil. — RS Mais Igual - Porto Alegre 19/10/2013(13 fotos)

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Conselheira de Obama Governo dos Estados Unidos nomeia uma mulher como subdiretora da Agência de Inteligência dos Estados Unidos, que engloba a segurança mundial



Avril Haines, advogada de 43 anos, será a primeira mulher a assumir a subdiretoria da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, cuja sigla em inglês é CIA. Ela, que já desempenhou as funções de vice-assistente do presidente Barack Obama e assessora jurídica do Conselho de Segurança Nacional, substituirá Michael Morell, um veterano da agência que ocupou o cargo de diretor interino por duas vezes.
 
Avril é considerada uma das principais conselheiras de Obama e participou de diversas operações secretas do governo dos Estados Unidos. A nomeação da advogada ocorreu em um momento crucial, depois da revelação do rastreamento de dados eletrônicos pelo governo Obama. O presidente admitiu que teve acesso às contas de usuários das principais redes sociais e empresas, como Google e Yahoo.
 
| Empoderamento
 
Nos Estados Unidos, aos poucos, as mulheres vêm assumindo cargos importantes no governo. Conforme publicado na edição 120 da revista Persona Mulher, Julia Pierson tornou-se a primeira mulher a comandar o Serviço Secreto daquele país e outras mulheres, como Rebecca Felton e Amy Klobuchar, vêm assumindo cadeiras no Senado. Atualmente, 20 são ocupadas por elas, que tentam mudar algumas questões, formando, por exemplo, coligações importantes. 
 


Apesar de ainda não ser um fato, a igualdade de gênero é um objetivo mundial. “Embora as mulheres tenham conquistado verdadeiros avanços, os fatos nos recordam continuamente que ainda falta muito para que a igualdade entre homens e mulheres seja uma realidade. Mulheres e homens devem ter igualdade de oportunidades, recursos e responsabilidades”, afirmou a diretora executiva interina da ONU Mulheres e subsecretária-geral das Nações Unidas, Lakshmi Puri. 

Quebrando Paradigmas Aos poucos, as mulheres assumem cadeiras no Senado dos EUA e se tornam importantes e influentes membros do Congresso

POLÍTICA

18/10/2013


Rebecca Felton foi a primeira mulher a integrar o Senado estadunidense. Em 1922, a escritora assumiu uma cadeira no Congresso por 24 horas, tendo sido nomeada para substituir um parlamentar que havia morrido. Nos Estados Unidos, o Senado tem sido uma conquista difícil para as mulheres. De certa forma, elas ainda são uma anomalia no Congresso, mas essa situação está passando por mudanças. Desde os tempos de Rebecca Felton, há mais de 90 anos, havia apenas uma ou duas mulheres no Senado até 1993. 
 
Atualmente, 20 cadeiras (de um total de 100) são ocupadas por elas. No entanto, apesar do baixo contingente, já é possível notar um crescimento do número de mulheres que compõem comitês. Pela primeira vez, uma mulher é encarregada pelo setor de Dotações do Senado, que tem sido historicamente dominado por homens. “O mais importante é que nosso poder está aumentando. Quando eu comecei, há apenas seis anos, era raro ter uma mulher gerenciando um projeto de lei”, disse a senadora Amy Klobuchar, democrata de Minnesota.
Além de todo o trabalho que vem sendo desenvolvido pelas mulheres nas questões legislativas, vale ressaltar que elas estão provocando mudanças significativas no Senado dos Estados Unidos com a formação de coligações surpreendentes. Em 2010, as senadoras Kirsten Gillibrand, democrata de Nova York, e Susan Collins, republicana do Maine, abriram os caminhos para a anulação da lei que proibia homens e mulheres homossexuais de servirem nas Forças Armadas. Em 2011, a lei foi finalmente revogada.  
 


Em questões mais práticas, afirmam que ainda há necessidades. Mas, muitas vezes, uma dificuldade é resolvida com naturalidade e utilizada em favor da política. Perto do plenário do Senado, há apenas dois banheiros femininos, o que pode gerar filas. Debbie Stabenow, uma das senadoras, contou que ela e a colega Heidi Heitkamp passavam seu tempo na fila do banheiro criando estratégias políticas e debatendo temas relevantes. "De certa maneira, um problema acaba sendo positivo. Temos número suficiente de mulheres para que possamos discutir negócios no banheiro feminino”, disse Stabenow.

XII Conferencia Regional sobre la Mujer de América Latina y el Caribe está disponible siguiendo el enlace.

COMUNICADO DE PRENSA

Nuevo informe presentado durante la XII Conferencia Regional sobre la Mujer: (In English) (Em Português)
CEPAL insta a los países de la región a avanzar en la protección de los derechos de las mujeres indígenas
Publicación del organismo advierte sobre la existencia de profundas desigualdades que afectan a las más de 23 millones de personas que pertenecen a este grupo.

(17 de octubre, 2013) En América Latina y el Caribe existen más de 670 pueblos indígenas reconocidos por los Estados de la región a los que pertenecen al menos 23,5 millones de mujeres, quienes se encuentran afectadas por profundas desigualdades étnicas y de género, según un nuevo estudio de la CEPAL.
El documento Mujeres indígenas en América Latina. Dinámicas demográficas y sociales en el marco de los derechos humanos fue presentado durante la XII Conferencia Regional sobre la Mujer de América Latina y el Caribe, que se desarrolla hasta el 18 de octubre en Santo Domingo, República Dominicana.

El reporte analiza la situación de las mujeres indígenas en nueve países: Brasil, Colombia, Costa Rica, Ecuador, México, Nicaragua, Panamá, Perú y Uruguay.

Según información de los últimos censos de la década de 2010, la mayor población de mujeres indígenas se concentra en México con más de 8.680.000 personas, seguido por Perú (más de 3.250.000) y Colombia (superior a 689.000).

En relación al total de mujeres del país, en Perú las mujeres indígenas representan 23,8%, por encima de México (15,3%), Panamá (12,1%), Nicaragua (8,8%) y Ecuador (7,1%).

El reporte señala que las mujeres indígenas tienen la potencialidad para ser generadoras de bienestar y desarrollo sostenible de sus pueblos, pero sufren discriminaciones de carácter económico, étnico, de clase y de género que se manifiestan en múltiples vulnerabilidades.

Por ello la Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL) hace un llamado a los países de la región para que pongan en práctica políticas que mitiguen la situación de desigualdad que viven las mujeres de este grupo, basándose en los estándares de derechos humanos y en los principios acordados en las recientes conferencias multilaterales sobre los pueblos indígenas.

El organismo considera que la garantía del ejercicio de los derechos individuales y colectivos de las mujeres indígenas es indispensable para avanzar en la conquista de la igualdad en la región.

Según el reporte, el fenómeno de la migración tiene muchas veces consecuencias negativas en las condiciones de vida de las mujeres indígenas, ya que ellas terminan viviendo en sitios más pobres, precarios y sin seguridad. Los países con mayor movilidad interna son Panamá (7% de mujeres indígenas migrantes en los 5 años previos al censo), Uruguay (6%), Costa Rica (4,6%) y Ecuador (4%).

Si bien ha habido progresos en materia de educación –más de 90% de los niños y niñas indígenas de 6 a 11 años van a la escuela en la mayoría de los países de la región- los avances son insuficientes, según el informe.

Por ejemplo, menos de 15% de las jóvenes indígenas de 20 a 29 años lograron terminar el nivel escolar secundario en siete de los nueve países analizados. También se evidencia la pérdida del idioma original como resultado del proceso de escolarización.

La publicación señala además que la maternidad adolescente (de 15 a 19 años) sigue siendo mayor entre las jóvenes indígenas de todos los países analizados, con un rango que va entre casi 12% en Uruguay a 31% en Panamá.

Entretanto la tasa de participación económica de las mujeres indígenas está muy por debajo de la de los hombres e incluso de la de las mujeres no indígenas, según la publicación.

Por ejemplo, en Panamá la tasa de participación económica es de 19,3% entre las mujeres indígenas y de 44,4% entre las no indígenas. En Colombia los porcentajes son de 20,9% contra 36,1% y en Costa Rica de 27,4% versus 36,3%.

El informe fue elaborado por la CEPAL en el marco del Observatorio de Igualdad de género de América Latina y el Caribe, con la colaboración del Fondo de Población de las Naciones Unidas (UNFPA), la Entidad de las Naciones Unidas para la Igualdad de Género y el Empoderamiento de la Mujer (ONU-Mujeres), la Fundación Ford y la Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo (AECID).



Ver también:
Documento completo. Mujeres indígenas en América Latina. Dinámicas demográficas y sociales en el marco de los derechos humanos.



Más información sobre la XII Conferencia Regional sobre la Mujer de América Latina y el Caribe está disponible siguiendo el enlace.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Ser parceira da indústria nacional é um dos grandes objetivos do meu governo, afirma Dilma

Segunda-feira, 14 de outubro de 2013 às 11:20
Fábrica contou com financiamento de R$ 5 milhões do Finep para inovação. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Fábrica contou com financiamento de R$ 5 milhões do Finep para inovação. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A importância da parceria entre os diversos níveis de governo e a indústria nacional foi o destaque do discurso da presidenta Dilma Rousseff, nesta segunda-feira (14), em Itajubá (MG), quando inaugurou a fábrica de transformadores de corrente e de potencial da empresa Balteau Produtos Elétricos. Segundo a presidenta, “Ser parceira da indústria nacional no seu desenvolvimento é um dos grandes objetivos do governo”.
“Expressamos aqui um compromisso da parceria entre o setor produtivo e os diferentes níveis de governo para acelerar a inovação no país. Essa parceria permite que nós ampliemos a produtividade da indústria, da agricultura e do setor de serviços e, assim fazendo, nós termos maior competitividade, especialmente na indústria e economia. (…) Essa planta expressa a confiança da Balteau na continuidade do crescimento da indústria”, destacou.
A presidenta também destacou o lançamento, no início do ano, do Plano Inova Empresa, com a destinação de R$ 32,5 bilhões para fomentar a inovação. Segundo Dilma, foram lançados editais para projetos nas áreas da pecuária, energia, petróleo e gás e tecnologia da informação, com contratos firmados que chegam a R$ 19 bilhões. Ela também destacou a vocação do Sul de Minas Gerais para as áreas de tecnologia e eletroeletrônica.
“Queremos que parceria entre a Finep e a Balteau se tornem cada vez mais comuns e bem-sucedidas. Os resultados são promissores e confirmam a disposição do setor privado em investir em inovação. (…) O Sul de Minas Gerais mostra que, com os instrumentos adequados, inciativas, investimentos em educação (…), com criação de ambiente propício, o Brasil dá mais um passo e entra numa nova fase do desenvolvimento. Nessa fase, a competitividade da economia se baseia cada vez mais no conhecimento e na educação”, afirmou.
Fábrica
A fábrica de transformadores de corrente e de potencial da empresa Balteau Produtos Elétricos conta com 11 mil m² de área construída e passa a fabricar, além de produtos de baixa e média tensão, transformadores de corrente e de potencial até 550 kV. É a única fabricante no Brasil de transformadores de instrumentos de alta tensão com capital 100% brasileiro.
Ao todo, foram investidos R$ 50 milhões na construção da fábrica, com financiamento de R$ 5 milhões da Agência Brasileira da Inovação (Finep). A planta terá capacidade produtiva anual de 50 mil peças de baixa e média tensão e 2,3 mil peças de alta tensão.

sábado, 12 de outubro de 2013

Combate ao trabalho infantil é tema de encontro mundial no Brasil

Número de crianças trabalhando caiu em um terço no mundo, desde 2000, mas OIT lembra que meta para 2016 não será alcançada. Diretor da entidade assinará memorando com prefeito Fernando Haddad



O Brasil sedia na semana que se inicia a 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil, com a presença do diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, eleito no ano passado com apoio do movimento sindical, inclusive das centrais brasileiras. Em setembro, a entidade divulgou informe mostrando que o número de crianças e adolescentes no trabalho em todo o mundo caiu em um terço desde 2000, de 246 milhões para 168 milhões. Ao mesmo tempo, alertou que isso não será suficiente para alcançar a meta internacional de eliminar as piores formas de trabalho infantil (em todas as áreas de atividade) até 2016.

“Estamos caminhando na direção correta, mas os progressos ainda são muito lentos. Se queremos mesmo acabar com esse flagelo no futuro próximo, é necessário intensificar os esforços em todos os níveis”, diz Guy Ryder. Ainda segundo a OIT, aproximadamente 85 milhões de menores realizavam trabalhos perigosos em 2012, ante 171 milhões em 2000 – trata-se de atividades que põem em risco direto a saúde e a segurança.

Os indicadores brasileiros também revelam avanços, embora o número de menores no trabalho ainda seja alto. Eram 3,5 milhões de 5 a 17 anos em 2012, 156 mil a menos do que no anterior. Em 2002, eram 5,4 milhões. Desses 3,5 milhões, 2,3 milhões eram do sexo masculino e 1,2 milhão, do feminino. A maior parcela (1,2 milhão) concentrava-se no Nordeste, seguido de perto pela região Sudeste, com 1,087 milhão.

A conferência global será realizada de terça (8) a quinta (10), em Brasília. A abertura terá a presença da presidenta Dilma Rousseff. No encerramento, a OIT apresentará a campanha Cartão Vermelho para o Trabalho Infantil, com a participação de artistas e ativistas.

Guy Ryder terá também uma agenda extensa em São Paulo, nesta segunda-feira (7). Pela manhã, encontrará com o prefeito da capital, Fernando Haddad, para assinatura de um memorando. Segundo a OIT, o principal objetivo é a prestação de assistência técnica para que o município formule uma agenda de trabalho decente, conceito sobre condições adequadas de trabalho – a prefeitura também deve organizar uma comissão de combate ao trabalho escravo.

No sábado, o diretor-geral da OIT teve reuniões separadas com dirigentes da CUT e da Força Sindical. Em Brasília, estão programados encontros com os ministros Manoel Dias (Trabalho e Emprego), Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e Luiz Machado (Relações Exteriores). Ele também participará de evento sobre o Dia Internacional do Trabalho Decente

Sob esse tema, CUT, Força e UGT farão também nesta segunda-feira, a partir das 10h, passeata pela avenida Paulista, em apoio à Jornada Mundial pelo Trabalho Decente, convocada pela Confederação Sindical Internacional (CSI) e pela Confederação Sindical das Américas (CSA). Antes, às 9h, haverá um ato diante de concessionária da Nissan, na Mooca (zona leste), em solidariedade aos trabalhadores da empresa nos Estados Unidos e de repúdio às práticas consideradas antissindicais da montadora – que coíbe campanha de sindicalização na unidade do estado do Mississipi.

Ryder, que vem ao Brasil pela primeira vez, tem programação ainda em Mato Grosso e na Bahia, onde será recebido pelos governadores Sinval Barbosa e Jaques Wagner, que mostrarão projetos de combate ao trabalho infantil.

O diretor da OIT foi eleito em maio do ano passado, com apoio da representação dos trabalhadores no Conselho de Administração da OIT, derrotando o conservador francês Giles de Robien. Na América Latina, Brasil e Argentina, entre outros, votaram em Ryder. Para os representantes das centrais, a vitória fortaleceu a mobilização mundial contra a tendência de retirada de direitos trabalhistas.



Fonte: Rede Brasil Atual

Dilma: Parabéns a todas as brasileirinhas e todos os brasileirinhos por seu dia

Sábado, 12 de outubro de 2013 às 10:00

A presidenta Dilma Rousseff utilizou sua conta no Twitter neste sábado (12) para dar “parabéns a todas as brasileirinhas e todos os brasileirinhos por seu dia”. Segundo a presidenta, todos os esforços do governo para transformar o Brasil em uma nação mais justa focam na atenção às crianças. Ela citou como exemplos a sanção das leis que tornam obrigatória a oferta gratuita de educação básica a partir dos quatro anos e que destinam recursos dos royalties do petróleo para a educação, além do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, compromisso para assegurar que todas crianças estejam alfabetizadas até 8 anos de idade.

Veja abaixo iniciativas do governo federal que abrangem educação, saúde, desenvolvimento social e os direitos dos “brasileirinhos”.
Educação – Uma das prioridades para o governo é alfabetizar as crianças na idade certa, até os oito anos de idade. Para isso, foram cadastrados 98 mil professores alfabetizadores e 16 mil orientadores de estudo, empenhados para atuar como formadores locais. A preocupação com os mais jovens também está na construção das 6,5 mil creches pactuadas até hoje, das quais 1.163 já estão prontas.
Ainda sobre as crianças, o Programa Mais Educação oferece atividades nas escolas em tempo integral, por meio da transferência voluntária de recursos da União. Mais de 49 mil unidades de ensino já oferecem este recurso atualmente. O MEC também trabalha na formação de novos professores, com ênfase na educação Infantil, alfabetização, anos iniciais e finais do ensino fundamental e do ensino médio, educação integral, tecnologias da informação e da comunicação.
Saúde – Na área, o Brasil conseguiu reduzir a mortalidade infantil em 68,5% nos últimos 20 anos. Graças às equipes de Saúde da Família, só de 2010 até 2012, a queda foi de 9%, fazendo com que o objetivo do milênio fosse alcançado pelo país quatro anos antes do previsto. Além disso, na área da prevenção, o programa de imunização nacional oferece 12 vacinas que combatem 20 doenças, numa cobertura que abrange 95% do público alvo nos últimos dez anos.
Os avanços na saúde também beneficiam mães e crianças, desde o pré-natal até os dois anos de idade. Mais de 2,3 milhões de mulheres foram atendidas pela Rede Cegonha que, na construção de 825 leitos neonatais e na manutenção de outros 4 mil, investirá um total de R$ 9,4 bilhões até 2014. O apoio aumenta com uma política de aleitamento materno que inclui a maior e mais complexa rede de bancos de leite do mundo (212 bancos de leite e 128 postos de coleta).
A atenção à saúde das crianças chega também nas salas de aula, com o programa Saúde Na Escola. Com 30,4 mil equipes de Saúde da Família, o programa beneficia 18,7 milhões de alunos em todo o Brasil. A mesma iniciativa beneficiará cerca de 2 milhões de crianças de 0 a 6 anos nas creches, para reduzir os casos de anemia, desnutrição, obesidade e magreza, bem como problemas visuais e de audição, presentes nessas faixas etárias e passíveis de detecção no ambiente escolar.
Desenvolvimento Social e Direitos Humanos – O programa Brasil sem Miséria também fez parte da ampliação do acesso à creches. Ele repassa um valor adicional de até R$ 1.458 por aluno/ano para vagas ocupadas por crianças do Bolsa Família. Somando os registros de 2012 e 2013, mais de 4.600 municípios iniciaram cadastramento para atender 659,3 mil crianças nas unidades de educação. Além disso, o investimento de R$ 297,8 milhões na alimentação escolar beneficiou 5,7 milhões de jovens.
Com relação à saúde, o Bolsa Família contribuiu substancialmente para a redução da mortalidade infantil. Segundo o Ministério de Desenvolvimento Social, a queda influenciada pelo programa chegou a 19,4%, com efeito ainda maior para as famílias que permanecem com o benefício por mais de quatro anos.
Na área dos direitos das crianças, um grande avanço chegará a partir desta segunda-feira (14). A Secretaria de Direitos Humanos entregará um conjunto de equipagem para mil conselhos tutelares de todo o país. O kit inclui um veículo, cinco computadores, uma impressora um bebedouro e um refrigerador. O investimento total nesse programa é de R$ 54,3 milhões, para proteger aproximadamente 60 milhões de crianças e adolescentes. A SDH ainda oferece o Disque 100, que desde 2011 recebeu 400 mil denúncias de casos que envolvam violações de direitos dos jovens.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Seremos exportadores de petróleo dentro de muito pouco tempo, afirma Edison Lobão

Quinta-feira, 10 de outubro de 2013 às 15:35

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O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, apresentou, nesta quinta-feira (10), o estudo “Zoneamento Nacional de Recursos de Óleo e Gás”. Trata-se de uma publicação que mostra onde estão as zonas de importância relativas ao desenvolvimento econômico do setor de petróleo e gás natural no país, com referências geográficas. Segundo o ministro, o Brasil deverá se tornar,  em muito pouco tempo, um país exportador de petróleo.
“Em 2005, esse trabalho foi requerido pela [então] ministra Dilma, quando ainda estava no MME. Seremos exportadores de petróleo dentro de muito pouco tempo. O zoneamento é um projeto da mais alta relevância para o setor energético brasileiro. Pela primeira vez, governo e iniciativa privada passam a dispor do mapeamento detalhado e seguro das áreas prioritárias para o desenvolvimento da exploração de petróleo e gás. A partir de hoje, ele estará disponível a todos os interessados”, afirmou Lobão.
Desenvolvido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o estudo terá várias utilidades: servirá de base para estudos geológicos básicos, para o planejamento em rodadas de licitação, e para definir quais são as áreas prioritárias para o desenvolvimento da indústria. Além disso, também vai ajudar no planejamento energético ao aproveitar melhor os recursos do país, e em questões socioambientais que asseguram o desenvolvimento sustentável da exploração de petróleo e gás.
“Esse é um instrumento extremamente importante para o planejamento do governo e também uma grande fonte de pesquisa para as empresas e para a sociedade brasileira como um todo. Esse zoneamento contém uma radiografia de todas as bacias brasileiras com interesse para petróleo e gás, e permitirá ao governo brasileiro produzir um planejamento muito mais eficiente e completo do que vinha sendo até agora”, analisou o secretário de Petróleo e Gás Natural do MME, Marco Antônio Martins Almeida (veja o abaixo).
Estão listadas no zoneamento todas as 67 bacias sedimentares brasileiras, qualificadas em terrestres (52) e marítimas (15), bem como sua área sedimentar, área efetiva (que apresenta interesse para a exploração e produção) e maturidade exploratória. O estudo ainda abrange perspectivas geológicas e econômicas para estas áreas e será atualizado a cada dois anos pelo MME com os avanços nas atividades exploratórias.


Sanção da MP 615 garante recursos para construção da Casa da Mulher Brasileira

Quarta-feira, 9 de outubro de 2013 às 17:40

A presidenta Dilma Rousseff sancionou a Medida Provisória 615, nesta quarta-feira (9), garantindo recursos para a construção da Casa da Mulher Brasileira nos 26 estados e no Distrito Federal. De acordo com a ministra Eleonora Menicucci, a MP autoriza a Secretaria de Políticas para as Mulheres a contratar o Banco do Brasil para a construção dos espaços.

“O projeto está praticamente pronto. O Banco do Brasil fará o projeto executivo e licitará a construção nos 27 estados. A Casa é fundamental, é necessária, é a marca do governo federal, da presidenta Dilma, na defesa das mulheres e na luta contra a violência contra as mulheres”, explicou.

A Casa da Mulher Brasileira consiste em espaços onde serão concentrados os principais serviços especializados e multidisciplinares de atendimento às mulheres. Cada uma das unidades terá a finalidade de, em situações de violência, facilitar o acesso da vítima a uma estrutura que a acompanhe de forma integral.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

As Mulheres na Construção Civil

08/10/2013

Com perfil detalhista e cauteloso, trabalhadoras do setor transmitem confiança e desenvolvem atividades difíceis, sempre com um toque feminino



Não é de hoje que as mulheres estão ganhando mais espaço em todos os segmentos da sociedade. A presença feminina na construção civil, por exemplo, aumentou 65% na última década. Segundo a Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (Rais/MTE), no ano 2000 elas eram pouco mais de 83 mil em um universo de um milhão de trabalhadores do setor. Em 2008, elas ocupavam 137.969 mil vagas do total de quase 2 milhões. Já em 2011, chegaram a 221 mil trabalhadoras. Dados mais recentes mostram que, até julho de 2012, a fatia pulou para 239 mil mulheres.
 
Estudos comprovam que o perfil feminino, sempre mais cauteloso e detalhista, contribui para a edificação de construções mais confiáveis. E quem contratou garante: elas são mesmo muito mais caprichosas. Gabriela Baena, arquiteta, trabalha diariamente em Brasília como supervisora de qualidade em construções de médio a grande porte. De acordo com ela, geralmente, os trabalhos delegados às mulheres nos canteiros de obra são aqueles não muito pesados. No entanto, pondera: eles são os mais difíceis.
 
É comum que o time feminino fique responsável mais pelos serviços de acabamento, como rejunte, assentamento de cerâmica e pintura, que exigem mais atenção e esmero. “Elas trabalham direitinho. O serviço tem qualidade muito superior ao realizado pelos homens, é mais caprichoso, feito com cuidado”, avalia a arquiteta. E, ao menos no ambiente de trabalho, não há preconceito. “Temos cerca de trinta funcionárias atuando em uma obra com um total de cem trabalhadores. E todos se dão superbem, sem preconceitos”, conta Gabriela.
 
| Incentivos
 
Mas mesmo provando sua capacidade, as mulheres ainda são minoria nesse meio e enfrentam certa relutância por parte dos contratantes. Para tentar reverter essa situação, tramita na Câmara um projeto de lei. De autoria do deputado Jânio Natal (PRB-PA), o PL 2856/11 obriga a construção civil a contratar pelo menos 10% de mão de obra feminina. O parlamentar acredita que, uma vez obrigadas a contar com mulheres na equipe, as empresas da área perceberão as vantagens e, por visarem a lucros, passarão a admitir ainda mais trabalhadoras.
 
Além disso, para ajudar mulheres que precisam se colocar no mercado de trabalho, mas não têm qualificação, existem programas do governo como o Mulheres Construindo Autonomia na Construção Civil, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM). 
 
O projeto atua diretamente na qualificação e na formação de mulheres para sua inserção no mercado da construção civil. Conta com ação conjunta entre a Secretaria e governos de estados e municípios, por meio das secretarias/coordenadorias da Mulher, secretarias do Trabalho ou correlatas, além de entidades da sociedade civil.
 
Outro exemplo de sucesso é o Mulheres na Construção, projeto desenvolvido no Distrito Federal pela Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), órgão vinculado ao Ministério da Integração Nacional (MI), com apoio da Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal (SEM-DF). Os cursos oferecidos são de pintora e azulejista, ministrados pelo Instituto Federal de Brasília (IFB). 
 
A primeira etapa formou 172 pessoas em setembro de 2012. Para a segunda etapa, estarão disponíveis mais 240 vagas. As mulheres atendidas recebem, além do curso, materiais, uniforme, vale-transporte e uma bolsa em dinheiro para despesas gerais.
 
| Mulheres que Inovam
 
Eleonora Menicucci, ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM), lançou em novembro a campanha Mulheres Que Inovam. O objetivo é chamar a atenção das brasileiras para os cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) do Brasil Sem Miséria. “Queremos promover a autonomia econômica das mulheres, incentivando-as a se qualificar em cursos gratuitos, voltados para os setores que estão em expansão, em profissões tradicionalmente masculinas”, destaca a ministra.
 
Embora a presença de mulheres em setores predominantemente masculinos já seja realidade, a meta é ampliar a participação feminina. Uma campanha televisiva será exibida para incentivá-las a procurar os cursos do Pronatec em profissões como eletricista, torneiro mecânico, pedreiro e instalador predial. Para a ministra, políticas como essas contribuem para a permanência das mulheres no mercado de trabalho e são cruciais para a independência feminina, o desenvolvimento da sociedade e até a sobrevivência do sistema de proteção social.
 
Segundo Eleonora Menicucci, apenas as atividades do setor de serviços são majoritariamente realizadas por mulheres (52%). Os homens são maioria nos setores econômicos da indústria da construção civil (96,5%), extrativista mineral (90,2%) e dos serviços industriais de unidade pública (82,8%). Em grau menor, eles também lideram a agropecuária (67,3%) e a indústria de transformação (66,4%). O Mulheres Que Inovam é coordenado pela SPM e pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Segunda-feira, 7 de outubro de 2013 às 15:20 Hoje, bater e matar a mulher é crime e dá cadeia, afirma ministra

A ministra-chefe da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, destacou, no programa Fala, Ministra, a importância da Lei Maria da Penha, que passou a punir com cadeia, e pena de no mínimo três anos, a violência contra a mulher. Ela lembra que mais de 37 mil homens foram presos, quase 30% em flagrante. Outro ponto destacado pela ministra é que, agora, o agressor precisa ressarcir o INSS pelo custo de licenças e pensões.
“A Lei Maria da Penha é uma lei importantíssima, exitosa e é, das leis brasileiras, aquela que pegou, ela veio para ficar. Por quê? Porque ela mudou completamente a perspectiva da punição. Antes, tinha como punição ao agressor, independente do crime, distribuir cestas básicas. E a Lei Maria da Penha coloca, no mínimo, três anos na cadeia. (…) Então, hoje, bater em mulher e matar a mulher é crime e dá cadeia. Então, a Lei Maria da Penha já mudou bastante a mentalidade brasileira, e a mentalidade de juízes, das delegadas, dos defensores, dos procuradores públicos”, afirma.
A Lei Maria da Penha não pegou?
A Lei Maria da Penha é uma lei importantíssima, exitosa e é, das leis brasileiras, aquela que pegou, ela veio para ficar. Por quê? Porque ela mudou completamente a perspectiva da punição. Antes, na Lei 9.099, tinha como punição ao agressor, independente do crime, distribuir cestas básicas. E a Lei Maria da Penha coloca, no mínimo, três anos na cadeia. E ainda, desde o ano passado, mexe na conta bancária do agressor. O que é isso? São as indenizações regressivas. O agressor que mata a mulher e ela deixa dependentes tem que ressarcir ao INSS o custo que a União tem com os dependentes. E, no caso dela ficar sequelada, também o agressor tem que devolver à União. Portanto, a Lei Maria da Penha é uma lei exitosa. Em comparação com a passada, a de agora é importante.
Por que no Brasil se mata tanta mulher?
Vejam, quando se fala que no Brasil matam muitas mulheres, é necessário contextualizar e datar. Não é que no Brasil se matam tantas mulheres. No mundo, ainda existe um sistema patriarcal muito forte, que coloca a mulher ainda numa posição de não sujeito, de sujeito dependente do homem, ou seja, ela é posse, propriedade do homem. E o que acontece? Nós temos que, primeiro, investir muito em sensibilização, mobilização da sociedade civil, para que a sociedade, como um todo, também dê a mão para as mulheres e para o governo federal no enfrentamento à violência. E por que aumentou [a morte de mulheres]? Dizem que aumentou o número? Não aumentou: [a variação de] 0.2% de mortes de mulheres é muito pequeno estatisticamente, não tem representação. E nós conseguimos, este ano, aumentar o número de denúncias, termos por volta de 37 mil prisões, quase 30% dessas em flagrante, e condenação de casos exemplares. Então, hoje, bater em mulher e matar a mulher é crime e dá cadeia. Então, a Lei Maria da Penha já mudou bastante a mentalidade brasileira, e a mentalidade de juízes, das delegadas, dos defensores, dos procuradores públicos. Portanto, eu tenho certeza que o governo federal está no caminho correto quando lança o Programa “Mulher Viver sem Violência”, que é a unificação de todos os serviços.
Como combater a defasagem salarial entre homens e mulheres?
Uma questão importante que o governo federal tem feito, e isso é importante que as mulheres saibam, é políticas que enfrentem a desigualdade salarial entre homens e mulheres. A última pesquisa do Pnad mostra que essa desigualdade aumentou um ponto. Mulheres são mais escolarizadas, mas ainda ganham menos que os homens. Isso por quê? Elas entram no mercado de trabalho, mas elas têm uma dificuldade enorme na ascensão na carreira. Então, entre um homem e uma mulher se opta, independente da competência, da qualificação, por colocar o homem na chefia. Então, as mulheres que chegam a cargo de poder, elas têm que, além de terem um desempenho extraordinária, mostrar que são melhores que os homens. A despeito de nós termos um belo programa, também exitoso, de autonomia econômica, que é o Pró-equidade de Gênero e Raça, que nós temos 87 empresas, hoje, que aderiram a esse programa há 5 anos. Esse programa premia anualmente as empresas públicas e privadas, ou estatais, que tenham boas práticas de gênero e que impeçam e desenvolvam práticas que eliminem a discriminação contra as mulheres, de gênero, no mundo do trabalho.

Segunda-feira, 7 de outubro de 2013 às 11:03 Dilma: É urgente que os EUA e seus aliados encerrem suas ações de espionagem de uma vez por todas

Segunda-feira, 7 de outubro de 2013 às 11:03

Dilma: É urgente que os EUA e seus aliados encerrem suas ações de espionagem de uma vez por todas

A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (7), em sua conta no Twitter, que o Ministério de Minas e Energia foi espionado por razões econômicas. Reportagem divulgada neste domingo (6) pela TV Globo mostra documentos que apontam que o Ministério de Minas e Energia foi alvo de espionagem da Agência Canadense de Segurança em Comunicação. A presidenta classificou como inadmissível o ato de espionagem e afirmou ser urgente que os Estados Unidos e seus aliados encerrem suas ações de espionagem de uma vez por todas.
“É urgente que os EUA e seus aliados encerrem suas ações de espionagem de uma vez por todas. Isso é inadmissível entre países que pretendem ser parceiros. Repudiamos a guerra cibernética”, afirmou a presidenta.
A reportagem teve como base documentos vazados por Edward Snonden, ex-analista da National Security Agency (NSA), entre eles, uma apresentação da Agência Canadense de Segurança em Comunicação. Foi mostrado o funcionamento de um programa de computador que fez um mapeamento das comunicações telefônicas e de computador do Ministério de Minas e Energia, com o objetivo de descobrir os contatos realizados com outros órgãos e empresas, tais como a Petrobras e a Eletrobrás.
“A denúncia de que Ministério Minas e Energia foi alvo de espionagem confirma as razões econômicas e estratégicas por trás de tais atos. Embora o ministério tenha bom sistema de proteção de dados, determinei ao ministro. Lobão rigorosa avaliação e reforço da segurança desses sistemas”.