sexta-feira, 28 de junho de 2013

DIGA NÃO A HOMOFOBIA, AO PRECONCEITO


Orgulho de sermos quem somos

Ontem foi e é  um dia de orgulho. Orgulho sim! Para homens e mulheres que, ao longo dos últimos anos, vêm conquistando a garantia de direitos antes rejeitados. Rejeição esta estabelecida independente de sua condição como cidadãos, mas atreladas a sua identidade de gênero. A data que marca o Dia do Orgulho Gay lembra que, em uma sociedade machista, patriarcal e ainda preconceituosa, gays e lésbicas, aos poucos, estão se empoderando dos espaços sociais, reconhecidos por suas qualidades e capacidades, acima de qualquer outro estigma.

Para comemorar, os homossexuais têm em seu favor a garantia, dada pelo Supremo Tribunal de Justiça, da transformação da união estável em casamento civil. Outro ponto a ser comemorado é a possibilidade de casais homoafetivos adotarem uma criança.

Apesar desses e de outros direitos já conquistados, ainda há muito pelo que se lutar. É inadmissível que no século XXI ainda sejamos bombardeados com posturas homofóbicas capazes de pleitear a cura gay, como o projeto aprovado na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara de Deputados (CDHMCD), que suspende artigos da resolução do Conselho Federal de Psicologia. Apelidada de “cura gay”, a proposta do deputado João Campos (PSDB) permite que psicólogos possam propor o tratamento da homossexualidade a pacientes. Projetos como esses ferem os direitos humanos dos cidadãos que optaram por demonstrar sua homoafetividade, e coloca-os à margem da sociedade.

Mas não podemos deixar que esses empecilhos tornem-se obstáculos insuperáveis e, independente de orientação sexual, credo, cor ou religião, possamos ser capazes de nos orgulhar pelo que somos, pela história que construímos e pelos direitos que ainda vamos garantir.

A hora é de avançar! Aprofundar conquistas, discutir as mudanças que apontam um novo momento do Brasil. Não basta só enfrentar a cura gay, é preciso criminalizar a homofobia; sepultar de uma vez por todas o estatuto do nascituro que se apropria do corpo das mulheres, com a criminalização ainda mais severa do aborto e a manutenção da gravidez em caso de estupro. Precisamos de um estado laico, livre das amarras do fundamentalismo religioso, sem violência, preconceito e discriminação.

Secretaria de Políticas para as Mulheres do Rio Grande do Sul

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