sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Quebrando Paradigmas Aos poucos, as mulheres assumem cadeiras no Senado dos EUA e se tornam importantes e influentes membros do Congresso

POLÍTICA

18/10/2013


Rebecca Felton foi a primeira mulher a integrar o Senado estadunidense. Em 1922, a escritora assumiu uma cadeira no Congresso por 24 horas, tendo sido nomeada para substituir um parlamentar que havia morrido. Nos Estados Unidos, o Senado tem sido uma conquista difícil para as mulheres. De certa forma, elas ainda são uma anomalia no Congresso, mas essa situação está passando por mudanças. Desde os tempos de Rebecca Felton, há mais de 90 anos, havia apenas uma ou duas mulheres no Senado até 1993. 
 
Atualmente, 20 cadeiras (de um total de 100) são ocupadas por elas. No entanto, apesar do baixo contingente, já é possível notar um crescimento do número de mulheres que compõem comitês. Pela primeira vez, uma mulher é encarregada pelo setor de Dotações do Senado, que tem sido historicamente dominado por homens. “O mais importante é que nosso poder está aumentando. Quando eu comecei, há apenas seis anos, era raro ter uma mulher gerenciando um projeto de lei”, disse a senadora Amy Klobuchar, democrata de Minnesota.
Além de todo o trabalho que vem sendo desenvolvido pelas mulheres nas questões legislativas, vale ressaltar que elas estão provocando mudanças significativas no Senado dos Estados Unidos com a formação de coligações surpreendentes. Em 2010, as senadoras Kirsten Gillibrand, democrata de Nova York, e Susan Collins, republicana do Maine, abriram os caminhos para a anulação da lei que proibia homens e mulheres homossexuais de servirem nas Forças Armadas. Em 2011, a lei foi finalmente revogada.  
 


Em questões mais práticas, afirmam que ainda há necessidades. Mas, muitas vezes, uma dificuldade é resolvida com naturalidade e utilizada em favor da política. Perto do plenário do Senado, há apenas dois banheiros femininos, o que pode gerar filas. Debbie Stabenow, uma das senadoras, contou que ela e a colega Heidi Heitkamp passavam seu tempo na fila do banheiro criando estratégias políticas e debatendo temas relevantes. "De certa maneira, um problema acaba sendo positivo. Temos número suficiente de mulheres para que possamos discutir negócios no banheiro feminino”, disse Stabenow.

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